sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Avelino de Andrade (O Crooner de Ouro da PORTELA)



Avelino de Andrade (22/05/1927 - 07/11/1999)

Iniciou sua vida ouvindo sambas em sua casa, pois sua mãe, Menemozina de Andrade, Dona Zizina  d
esde cedo fazia um pagode no dia do seu aniversário, 2 de novembro, isto nos anos 30, em sua casa na estrada do Sapê.

Nestes pagodes marcavam presença Paulo da PORTELA, Xangô, Candeia pai e outros sambistas.  É pai do também compositor da PORTELA Celsinho de Andrade!
 
Chegou na PORTELA cedo, antes de Natal, e quando este assume fica sendo seu crooner predileto e ganha diversos carnavais.
 
Não só foi o defensor dos sambas de Waldir 59 e Candeia nas disputas de samba de enredo, assim como de outros compositores da Escola de Oswaldo Cruz.
 
Foi amigo de Zé Kéti e Walter Rosa, dos quais sabia todos os sambas, dizendo até que sabia como e porque foram feitos.
 
Foi o responsável pelo batizado do GRES União da Ilha do Governador pela PORTELA, pois frequentava com seu vizinho e amigo Bira os pagodes da escola insulana, onde o mesmo Bira era mestre-sala, quando lhe foi solicitado que falasse com Natal para batizar o Escola, conforme história contada por Paulo Amargoso em 2006 na final de samba da Ilha do Governador.

Foi também o primeiro a gravar Wilson Moreira no LP da PORTELA no final dos anos 50 e que abriu as portas para esse grande compositor, e Natal, logo depois faz o convite para que o mesmo fizesse parte da Ala de Compositores da PORTELA.
 
Uma das suas últimas conquistas foi trazer do Império Serrano o grande Osmar do Cavaco  para a nossa agremiação.
 
Por tudo isso o Russo (ex locutor da PORTELA) só o apresentava como o "Crooner de Ouro da Portela", foi também o último cronner a cantar na avenida e ter a primazia de ajudar a Escola a conquistar mais um título, o último sozinha, em 1970, onde esteve ladeado pelas vozes de Tarsila, Maninho, Abílio Martins, Paulinho da Viola e Leci Brandão.
 
Morreu em 07/11/1999.
 
O COMPOSITORES DA PORTELA BLOG agradece ao Compositor Celsinho de Andrade pelo belo texto!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Naldo

 
CPB: Nome e idade? 
 
Naldo: Ronaldo Soares (Naldo) 48 anos.
 
CPB: Fale um pouco sobre você!
 
Naldo: Envolvido com samba enredo desde 1984, passagem por outras escolas de samba como São Clemente, Porto da Pedra, Unidos da Ponte e outras agremiações. Primeiro samba enredo campeão na Portela foi em 2002 parceria com David Corrêa e Grilo. Último samba campeão foi em 2012 parceria com Wanderley Monteiro, Luiz Carlos Máximo e Tuninho Nascimento. Sou Assistente Social e trabalho na emergência do Hospital do Andaraí.
 
CPB: Como portelense, como você está vendo este novo momento?
 
Naldo: Um momento diferente, portelense com sede de vitória e sorriso no rosto.
 
CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba.
 
Naldo: Comecei na São Clemente em 1984 com 7 sambas consagrados campeões por lá. Campeão pela Porto da Pedra em 2000 e 05 sambas campeões pela Portela. Passagem por algumas escolas consideradas pequenas e blocos como Simpatia é Quase Amor. Pela Portela estabeleci parcerias com grandes nomes como: Ary do Cavaco (falecido), Diogo Nogueira, Ciraninho, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Monarco, Mauro Diniz, Junior Escafura, Caixa D'Água, Paulo Aparício, Gilsinho, David Corrêa... e outros.
 
CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba?
 
Naldo: Cartola, Candeia, Paulo da Portela, Jair do Cavaquinho... e outros.
 
CPB: Na elaboração de um samba, como você se define? É letrista, faz a música ou os dois?
 
Naldo: As coisas acontecem simultaneamente, as vezes um pouco mais de letra.
 
CPB: Como você chegou a PORTELA?
 
Naldo: Estou na Portela desde 1992, por incentivo próprio, em 2002 fui convidado pelo Davi Corrêa para uma parceria com Grilo. Samba consagrou-se campeão. Embora com passagem por outras escolas, a Portela sempre foi a minha escola de coração.
 
CPB: Desde quando você compõe? 
 
Naldo: Desde 1984.
 
CPB: O que você como antigo compositor portelense falaria com os jovens compositores da Escola?
 
Naldo: É uma casa de muito respeito e com grandes nomes do mundo do samba. Com respeito, ética e sabedoria... com certeza será futuramente um deles!!!
 
CPB: Para você, o que é ser PORTELA?
 
Naldo: É ter felicidade azul e branca estampada no peito!!!
 
CPB: Dentro do Mundo do Samba, você tem algum sonho?
 
Naldo: Sim. Um dia entender como funciona a arrecadação de direitos autorais dos compositores de escolas de samba.
 
CPB: O que você espera desta nova PORTELA para 2014?
 
Naldo: Como já citado pela nove diretoria... muita ação, transparência, respeito e dedicação à escola e ao portelense.
 
Desde já, agradecemos!
 
Naldo: Eu que agradeço pela oportunidade. Parabéns pelo trabalho de vocês. Abraço à todos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Arnaldo Rippel

CPB: Nome e idade?

- Arnaldo Henrique Rippel, 51 anos.

CPB: Fale um pouco sobre você!

- Sou médico ortopedista, moro em Petrópolis, estou na Escola desde 1984, comecei na Ala dos Estudantes, passei pela Guanabarinos, Ala 171 e em 1998, iniciei na nossa ALA DE COMPOSITORES.

CPB: Como portelense, como você está vendo este novo momento?

- Um momento muito, muito especial a Escola voltou a sorrir, a Comunidade está feliz, a Portela, NOVA PORTELA, mostra sua cara e com certeza as coisas vão e estão mudando muito, afinal a nossa MAJESTADE DO SAMBA, tem de estar sempre na linha de frente e JAMAIS SER CODJUVANTE NO CARNAVAL CARIOCA......

CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba!

- Nesse muitos anos, além de nossa Escola, tive oportunidade de passar por várias Escolas , na Ala de Compositores, como na Tijuca 2001, que fiz parte com muito orgulho ao lado de Franco Cava, Waltinho Jr e parceiros, na conquista do Samba, tive a honra de militar na Estácio de Sá, na União da Ilha e várias co-irmãs, mas não tem jeito, PORTELA NO CORAÇÃO E SANGUE AZUL E BRANCO, SEMPRE! Tive a honra de fazer muitos e muitos amigos, nessa já longa estrada do Samba.

CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba?

- Colombo, meu grande e saudoso Professor, Noca da Portela, Davi Correa, Paulinho da Viola, Mestre Monarco, Candeia , Franco Cava, um baita talento, Wilson Cruz, ,, uma gama enorme de super compositores.....

CPB: Na elaboração de um samba, como você se define? É letrista, faz a música ou os dois?

- Como diz um dos meu eternos parceiros o Caixa D'Água, sou caneteiro, ou seja letrista.

CPB: Como você chegou a PORTELA?

- Através do saudoso Wilson Cruz, Bi-Campeão da Escola, um grande amigo e paciente, me apresentou a Diretoria da Ala, em uma época que não era nada fácil, ingressar na ALA DE COMPOSITORES MAIS IMPORTANTE DO CARNAVAL CARIOCA, agradecimentos eternos ao grande amigo ARY DO CAVACO.

CPB: Desde quando você compõe?

- Desde 1998, quando comecei na Ala ao lado do parceiro de Petrópolis, Roberto Naval.

CPB: O que você como antigo compositor portelense falaria com os jovens compositores da Escola?

- Valorizem a Escola acima de tudo, é paixão, amor, prazer, somente uma composição vence o carnaval, mas devemos estar sempre juntos, chega dessa coisa do samba cair e sumir da Escola, temos samba de quadra, outros eventos, prestigiem a nossa Ala, sempre.

CPB: Para você, o que é ser PORTELA?

- TUDO, É SER FELIZ,PRINCIPALMENTE AGORA, É CRUZAR A SERRA CENTENAS DE VEZES POR ANO, PARA ESTAR NA ESCOLA,ACOMPANHAR TUDO DENTRO DO POSSÍVEL, É TER AO LADO MINHA MULHER PATRÍCIA, PORTELENSE DE CARTEIRINHA E QUE ME INCENTIVA SEMPRE E SEMPRE.

CPB: Dentro do Mundo do Samba, você tem algum sonho?

- Títulos de nossa Escola, tive a Honra do título de 1984, tenho certeza que voltaremos ao primeiro lugar do Pódio e claro depois de quatro finais de Samba Enredo na Escola ter a honra de um dia ter nossa obra escolhida para ser o Hino Oficial da Portela.

CPB: O que você espera desta nova PORTELA para 2014?

- TUDO, o movimento capitaneado pelos amigos Serginho, Marcos Falcon, Mestre Monarco e por centenas de portelenses tem tudo pra resgatar a NOSSA DIGNIDADE, o mais importante de tudo....Ser PORTELENSE é ser um ser especial....Esse sangue azul e branco corre em nossas veias e vamos prá cima, mostrar que esse gigante acordou....A VERDADE DA PORTELA É A PORTELA VERDADE.

Desde já, agradecemos!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Jorge do Batuke



CPB: Nome e idade?
 
Jorge: Jorge Eduardo Porto tenho 33anos. A 14 anos recebi o apelido de Batuke, pois não me definia por qual instrumento queria tocar na bateria, depois de ter sido várias vezes chamado atenção por este fato, fui cortado em 1999 por indisciplina há uma semana do carnaval, Um dia me falaram ele não é nem da caixa, nem do repique e nem do tamborim ele é do BATUKE. Batuqueiro é um termo pra falar de pessoas que não tocam bem.
 
CPB: Fale um pouco sobre você!
 
Jorge: Nasci em 1979 e nesta época meu pai fazia parte do Bloco Xuxu do Engenho de Dentro, e logo depois foi pra Caprichosos de Pilares. 
 
Em 1983 comecei a frequentar a PORTELA por intermédio do meu falecido avô que era portelense. Ele sempre nos trazia nos antigos Festivais de Refrigerante.
 
Em 1987, meu pai comprou um apartamento em frente a PORTELA. A Escola passou a ser o quintal da minha casa. Catei garrafa, lavei chão, fiz instrumento, desfilava na Ala da Comunidade. Quando era criança o falecido Mestre Timbó não gostava de crianças na bateria, por isto só comecei de fato em 1997, já que ninguém gostava de ensinar as crianças... mas já frequentava a quadra sozinho desde 1989, muitas vezes escondido.
 
CPB: Como você chegou à Ala Ary do Cavaco, a Ala de Compositores mais importante do Mundo do Samba?
 
Jorge: Em 2007, após a recusa do antigo presidente da Ala dos Compositores, fui até ao ex-presidente Nilo Mendes Figueiredo e pela primeira vez conversei com ele, que era de difícil acesso. E contei um pouco da minha história dentro da agremiação e perguntei quantas músicas tinha que ter pra participar da Ala! Na hora fui aceito!
 
CPB: Desde quando você compõe?
 
Jorge: Desde criança já fazia paródias, com 8 anos fiz meu primeiro samba, ainda lembro mais ou menos.
 
CPB: O que você falaria para um Compositor que está chegando agora à PORTELA?
 
Jorge: Conheça a história da escola antes de fazer um samba.
 
CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s) dentro do Mundo do Samba?
 
Jorge: Vários, em diversos segmentos diferentes, seria injustiça citar e esquecer de alguém.
 
CPB: Como sabemos, você já foi vencedor de samba de terreiro na PORTELA, e conte-nos mais um pouco de sua experiência no SAMBA!
 
Jorge: Estou nisto desde que me entendo por gente, acompanho samba quando estava na barriga da minha mãe. Na PORTELA eu passei pela Ala da Comunidade, Bateria e há 6 anos comecei a concorrer em samba, mas já participo de disputas de samba-enredo desde 2002.
 
CPB: O que é ser PORTELA?
 
Jorge: Como já disse algumas vezes, já catei garrafa, já lavei chão. A PORTELA por diversas vezes estendeu o braço quando precisei. Sou muito grato a esta Escola que é como fizesse parte da minha família.
 
CPB: Você tem algum sonho como Compositor? Qual?
 
Jorge: Como compositor de samba-enredo me sinto realizado. Gostaria de um dia participar da Velha Guarda da PORTELA, como compositor.
 
CPB: No evento de Samba-Enredo da PORTELA para 2014, após as mudanças ocorridas na Escola, o que você espera da nova proposta?
 
Jorge: Transparência, e lisura. Mas as pessoas que estão a frente da PORTELA passam confiança, em relação a isto estou muito tranquilo.
 
Desde já, agradecemos!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ailton Damião





CPB: Nome e idade?
 
Ailton: Meu nome é Ailton Damião e tenho 53 anos.
 
CPB: Fale um pouco sobre você!
 
Ailton: Divido meu amor entre minha família, a música, o Direito e a Querida Portela.
 
CPB: Como você chegou à Ala Ary do Cavaco, a Ala de Compositores mais importante do Mundo do Samba?
 
Ailton: Cheguei à Ala Ary do Cavaco em 1996 à qual tive a honra de ser apresentado pelo próprio Ary, então presidente da Ala. Embora eu já frequentasse a Portela há muitos anos.
 
CPB: Desde quando você compõe?
 
Ailton: Eu componho desde 1975.

CPB: O que você falaria para um Compositor que está chegando agora à PORTELA?

Ailton: Se eu tivesse que aconselhar a um novo Compositor de nossa respeitada Ala Ary do Cavaco, eu diria a ele ou ela que, antes de tudo fique ciente de sua responsabilidade, respeite o nosso pavilhão e agisse com honestidade e lealdade no mister de sua arte.
 
CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s) dentro do Mundo do Samba?
 
Ailton: Meus ídolos no mundo do samba são Martinho da Vila e obviamente, nosso Mestre Monarco.
 
CPB: Conte-nos um pouco de sua experiência no SAMBA!
 
Ailton: Em 1976 já disputava festivais de mpb e concursos de sambas de enredo no grupo principal das Escolas de Samba de Juiz de Fora e outras cidades de MG onde graças a Deus logrei um número expressivo de vitórias no desfile principal. No ano 2000 tive a honra de ter minha obra, em parceria, representando a Portela na Sapucaí e contribuido com as notas 10, que garantiram o desempate e colaboraram para que a Majestade do samba permanecesse o grupo especial.
 
CPB: O que é ser PORTELA?
 
Ailton: Para mim, ser PORTELA é ser feliz por ter sempre no olhar as gotas que transbordam um mar de esperança na vitória que virá.
 
CPB: Você tem algum sonho como Compositor? Qual?
 
Ailton: Meu sonho como compositor é que meu filho se orgulhe também de minha obra e que ela possa atingir e tocar as pessoas que amam e valorizam uma boa música.
 
CPB: No evento de Samba-Enredo da PORTELA para 2014, após as mudanças ocorridas na Escola, o que você espera da nova proposta?
 
Ailton: Quanto ao novo quadro que se apresenta na Portela, vislumbro um futuro otimista considerando que Pessoas de alto nível moral estão participando dessa empreitada.Tomara que os compositores sejam merecedores do respeito incondicional e das homenagens por parte da nova administração.
 
Muito obrigado por este espaço e pela oportunidade de me manifestar perante meus pares através do BLOG que tão bem nos representa.
 
 
O COMPOSITORES DA PORTELA BLOG agradece a sua participação!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Celso Lopes


CPB: Nome e idade?

Celso de Andrade Lopes e tenho 39 anos.
 
CPB: Mesmo sendo conhecido, fale um pouco sobre você!
 
Sou nascido e criado em Marechal Hermes, venho de uma família de portelenses, meu pai é músico formado, tocava trombone em bailes de carnaval. Com toda certeza herdei dele esta veia musical. Amo cantar e compor.
 
Vejo a música como uma coisa mágica, sem explicação, nela a gente se consola, se alegra e traz felicidade para outras pessoas. Tento conciliar a música com a profissão de bombeiro militar.
 
CPB: Como chegou à PORTELA?
 
Sempre frequentei a quadra da PORTELA em ensaios, cortes de samba, etc... tinha minhas composições e sempre fui meio tímido, até que em 2001 resolvi deixar a timidez de lado e me inscrever num festival chamado Fábrica do Samba, onde os compositores se apresentavam nas escolas de samba em que faziam suas inscrições. Ali, como portelense, vi uma grande oportunidade de divulgar o meu trabalho no palco da minha escola de coração. Já na minha primeira apresentação tive uma experiência maravilhosa. o mestre Monarco, campeão desta edição do concurso, se apresentou antes de mim, e ao descer do palco, sorrindo, me desejou boa sorte. naquele momento, senti uma energia muito positiva e fiz uma grande apresentação, cantando um samba chamado tristeza no peito, com o qual segui por algumas semanas na disputa.
 
Em 2005 fui convidado pelo compositor Cristiano Moreno para participar do concurso de sambas de quadra da PORTELA. Em parceria com Paulinho Carvalho (ex-Grupo Raça) compomos “Minha inspiração”, para participar do concurso.
 
Em 2006, já na Ala de Compositores, participei do meu primeiro concurso de sambas de enredo (Os Deuses do Olimpo na terra do carnaval......) em parceria com Serginho Procópio e Abú, aí já viu né... tomei gosto pela coisa e estou aí até hoje.
 
CPB: Desde quando você compõe?
 
Desde os 14 anos.
 
CPB: Qual é (são) o(s) seu(s) ídolo(s) no mundo do samba?
 
Meus maiores ídolos são Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Arlindo Cruz e Délcio Luiz.
 
CPB: Fale um pouco de suas experiências no samba!
 
As coisas pra mim no mundo do samba aconteceram meio de repente. apesar da minha timidez, eu cantava em festas de amigos e as pessoas gostavam muito. Assim, sempre que acontecia algum evento em que se formava uma roda de samba, e eu estava presente, me convidavam pra cantar. Isso me ajudou muito, pois fui me apaixonando e me entregando cada vez mais à carreira de compositor, pois eu sempre gostei de cantar músicas de minha autoria.
 
Como já disse, as coisas aconteceram muito rápido; me inscrevi no concurso Fábrica do Samba em 2001.
 
Em 2003 participei de um concurso de samba no bloco Badalo de Santa Tereza, posteriormente participei do concurso de sambas de quadra da PORTELA, fui finalista nas disputas de samba de enredo na portela para os carnavais de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011. Fui campeão de samba enredo para o carnaval 2008 no GRES Uraiti, em parceria com Serginho Aguiar. Fui campeão de samba enredo para o carnaval 2012 no GRES Imperadores da Zona Sul (carnaval do Uruguai), em parceria com Serginho do Porto.
 
Ao longo dessa minha pequena trajetória como compositor, agradeço a Deus e me sinto muito feliz por ter sambas em parceria com grandes sambistas como: Marquinhos de Oswaldo Cruz, Bandeira Brasil, Serginho Procópio, Charlles André, João Carlos Filho, Fernando Magarça, Paulinho Carvalho, Jefinho, Marquinho Índio, Sérginho Aguiar, Dinei, Serginho do Porto e outros, com os quais aprendi muito.
 
CPB: O que você como antigo compositor portelense falaria com os jovens compositores da escola?
 
Em primeiro lugar, fazer parte da maior Ala de Compositores do mundo é maravilhoso. a cada dia temos que provar que merecemos estar ali. devemos honrar o pavilhão portelense, respeitar as tradições de nossa Escola, respeitar os compositores mais antigos, lutar para que a nossa ala continue sendo respeitada no mundo do samba, mostrar nossas músicas, cantar, descontrair, ser família e acima de tudo ter humildade, pois sempre temos algo a aprender.
 
CPB: O que é ser PORTELA?
 
Não é difícil traduzir este sentimento. Ser portelense é ser feliz, é amar o samba e suas raízes, é ter orgulho de ser azul e branco, é ser verdadeiro e leal ao nosso pavilhão.
 
CPB: Qual é o seu sonho como compositor?
 
Meu sonho, como o de todo compositor, é ser reconhecido pela minha obra. Quero ganhar uma disputa de sambas de enredo na PORTELA, com um grande samba, e gostaria que esse samba ajudasse a nossa Escola a ser campeã. Tenho também, o projeto de gravar um CD.
 
CPB: No concurso de samba-enredo da PORTELA em 2013, o samba de sua parceria foi um dos mais comentados, o que você espera do concurso 2014?
 
Primeiramente gostaria de mandar um abraço aos meus parceiros em 2013, Neyzinho, Flávio, Charles e Fadico.
 
Como compositor me sinto muito feliz com os comentários sobre o nosso samba. Penso que devemos ter os pés no chão, trabalhar forte e com humildade a cada eliminatória, pois temos grandes concorrentes.
 
Para 2014 tenho certeza de que será escolhido o samba que melhor irá representar a nossa querida PORTELA na avenida.
 
Obrigado pela oportunidade. Um abraço a todos do CPB. Fiquem com Deus e até a próxima.
 
O COMPOSITORES DA PORTELA BLOG agradece sua participação!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vinícius




 


CPB: Nome e idade. 
 
Vinicius Ferreira Silva, 27 anos.
 
CPB: Fale um pouco sobre você! 
 
Vinícius: Sou nascido e criado no subúrbio carioca, em Guadalupe e Marechal, amante do carnaval carioca e do samba e suas vertentes.
 
CPB: Como você chegou à ala de compositores mais importante do mundo do samba? 
 
Vinícius: Sempre fui músico e compositor, e mostrava a minha vontade de compor para escolas de samba a quem quisesse, mas na verdade acredito que havia certo tipo de preconceito pela minha pouca idade e nenhuma experiência em disputas de samba. até que um amigo em comum da minha família e da família do Neyzinho do Cavaco, Valdir, fez questão de me apresentar a parceria do Neyzynho, e daí rolou um respeito e uma cumplicidade entre nós a ponto de levar meu primeiro samba à final na disputa para o ano de 2010.
 
CPB: Desde quando você compõe? 
 
Vinícius: Estudei música com o apoio do meu pai, e desde que comecei a tocar na noite, ainda muito novo (13 anos) tive o incentivo total dos meus pais e família, e principalmente de um tio, que também vem a ser meu padrinho, devaldo ferreira (defé) e sempre foi envolvido com o samba, me presenteou com um cavaquinho, e foi meu primeiro parceiro musical.
 
CPB: O que você falaria para um compositor que está chegando agora à PORTELA?
 
Vinícius: Fui muito bem recebido na ala, principalmente pelos mais experientes. quando cheguei fiquei um pouco intimidado, pois sem dúvida a ala de compositores da portela é um celeiro de personalidades, compositores que ouvi a vida inteira e sempre admirei, mas percebi depois que o respeito faz parte da sabedoria que todos eles carregam, e hoje sou uma gota procurando espaço nesse mar de poetas. portanto, o que digo é: seja bem vindo!
 
CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s) dentro do mundo do samba? 
 
Vinícius: No certo, teria que responder todos. sou fã de quem faz bem ao samba, e faz samba bom, no entanto acredito que aqueles que crescemos ouvindo tem lugar cativo em nosso coração... Fundo de Quintal, Jorge Aragão, Noca da PORTELA, Paulinho da Viola, Silas de Oliveira, Luiz Carlos da Vila, Beto sem braço, Candeia, e Paulo da PORTELA por todo bem que ele fez ao samba.
 
CPB: Conte-nos um pouco de sua experiência no samba! 
 
Como já comentei comecei no samba enredo a pouco tempo(2009 para 2010), porém tem sido constante a minha presença nas disputas da portela, final em 2010, semi-final em 2011 e final novamente na última disputa inclusive em outras escolas. sentindo também o gosto de algumas finas, como foi na Inocentes de Belford Roxo, Renascer de Jacarépagua e um campeonato na Vila Santa Teresa, acesso b.
 
CPB: O que é ser PORTELA?
 
Vinícius: Ser portela é admirar, respeitar, se comover, sentir, ter esperança, entender, amar, chorar e sorrir.
 
CPB: Você tem algum sonho como compositor? qual? 
 
Vinícius: Ser campeão na PORTELA principalmente, também em outras agremiações, ganhar um estandarte de ouro e ter outras composições gravadas por artistas do mundo do samba e mpb em geral. no fim, acho que o que todo compositor quer é ser reconhecido.
 
Obs: Vinícius também integra o Grupo Jaqueira.
 
O COMPOSITORES DA PORTELA BLOG agradece sua participação!

sábado, 22 de junho de 2013

Luis Carlos Magalhães

 


 
Entrevista com o Diretor Cultural da PORTELA
 
CPB: Nome e idade?
 
Luis Carlos Magalhães. Tenho mais de sessenta. E não fiz este ano, não...
 
CPB: Fale um pouco sobre você.
 
Sou carioca, advogado, 3 filhos (sendo um de 2 anos), tricolor, menino de zona norte (Lins de Vasconcelos), estudante do Pedro II, filho de mãe supercarnavalesca, influenciado pelos carnavais da Unidos do Cabuçu e do carnaval de rua de Vila Isabel onde morava a família de meu pai. Tenho o coração multifacetado em relação às escolas. A Unidos do Cabuçu, minha formação, meus amigos do morro e do futebol iam lá em minha casa mostrar a fantasia pra minha mãe. Os passistas fantásticos. A Mangueira era a escola grande mais próxima de minha casa. Podíamos até voltar a pé em uma época em que, por ali, todo mundo era Mangueira. E a Portela que foi me conquistando ao longo da vida, de minha maturidade como homem, por sua história, por seus líderes, seus compositores E ainda tinha a Vila, o Império e o Salgueiro, que frequentávamos muito. Mas nunca me interessei por fazer algo mais sério no universo do samba e do carnaval. Só mais tarde, já formado, fui procurador da Caixa Econômica Estadual de São Paulo, conhecendo profundamente o interior de São Paulo pude perceber e vivenciar a força que tinha o samba carioca. Mas foi o livro da Marília Barbosa e Ligia Santos sobre o Paulo da Portela e os discos gravados por Cristina Buarque e os sambas de Monarco falando do Paulo que me tornaram Portelense. Nunca pretendi e nem procurei ser diretor do Depto Cultural. Só aceitei quando soube que a PORTELAWEB e as torcidas aprovaram e indicaram meu nome e sabendo que Monarco abençoou meu nome.
 
CPB: Como portelense, como você está vendo este novo momento portelense?
 
Acho que é um dos momentos mais importantes em uma história repleta de momentos importantes. A escola vivia um momento tão negativo que se a situação perdurasse a crise, a ruptura seria inevitável. Era o confronto claro entre a Portela dos portelenses e a Portela aprisionada por um colégio eleitoral diminuto que em momento nenhum a representou. Do futuro nada sabemos, mas o que vemos é a atual direção fazer tudo certo, com a melhor das intenções. Uma diretoria com membros que amam a escola e dispostos a dar grande parte de suas energias para trazer de volta a Portela de seus melhores dias. O dia da vitória e a primeira feijoada podem ser inscritos entre os mais vibrantes dias de nossa escola.
 
CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba.
 
Eu jogava futebol bem, quando criança. Morava em um lugar cercado de morros: Morro do Amor, Encontro, Barro Preto, Barro Vermelho, Árvore Seca, Cachoeirinha e Cachoeira Grande. Meu pai era funcionário público e morávamos em um conjunto de classe média. Eu tinha muito contato com meninos negros e tinha uma segunda família ali no local, também negra. Meu pai era do Partido Comunista e tinha também grande identidade social e cultural com negros. E uma mãe foliona do carnaval, aí foi um pulo. Desfilei algumas vezes pela Cabuçu também. Só consegui ser campeão uma vez com a Mangueira de Chico Buarque, acho que em 1998. Frequentei muitos ensaios, muitas disputas de sambas-enredo, me apaixonei algumas vezes por aquelas garotinhas de classe média que começavam a frequentar o Salgueiro no Clube Maxwell. Muitos, mas muitos mesmo, momentos de alegria no RENASCENÇA ao tempo em que morava fora do Rio. Ali era o único lugar em que podíamos em um único sábado ouvir todos os sambas vencedores, de todas as escolas. Hoje isto é comum, mas naquele tempo não era. Depois morei fora do Rio muito tempo. Quando voltei me meti em produção. Fiz um show no Centro Cultural Carioca com Camunguelo e Vó Maria, viúva do Donga; fiz um chamado “MULHERES CANTAM CANDEIA”, também no Centro Cultural, com Surica, Aurea Maria, ambas da nossa Velha Guarda, e a então iniciante Teresa Cristina. E o que mais gostei foi um espetáculo com os antigos casais de mestres-sala e porta-bandeiras, com narração de Haroldo Costa e sambas cantados por Rixa. Foi a única vez que Vilma dançou com Delegado. Delegado com Dodô; Delegado com Selminha ente outros casais.
 
Na época do centenário do Paulo da Portela fizemos um filme “SEU NOME NÃO CAIU NO ESQUECIMENTO” com Manoel Dionísio no papel principal. Participações de Tinhorão, Sergio Cabral, Paulinho da Viola, D. Neném do seu Manacéa, Monarco, seu Jair,Cristina Buarque,Marquinhos de O. Cruz, Teresa Cristina, Dorina, Velha Guarda, narrado por Haroldo Costa, direção de Dermeval Neto, produção minha e de João Baptista Vargens, com consultoria de Carlos Monte, Marília Barboza, Ligia Santos. Ali tem a última entrevista dada por seu Armando Santos e foi dada a mim pouco antes de sua morte. Refizemos o túmulo abandonado do Paulo no cemitério de Irajá, com mármore preto e a inscrição na lápide: “AQUI JAZ O MAIOR DE TODOS OS BAMBAS”. Toda a dignidade que merecia.
 
Participei intensamente como coordenador de um movimento pela revitalização dos blocos da Avenida Rio Branco. Fortalecimento do Cacique, do Bafo, Clube do Samba, Bola Preta e tantos outros, inclusive o renascimento do Bohêmios de Irajá que estava sem sair havia dez anos. Também nos primeiros carnavais do “Rancho Flor do Sereno” lá do BIP iniciativa do Alfredinho e do Elton Medeiros. Como folião participei do momento de renascimento dos blocos da cidade integrando o bloco MIS A MIS de Marília Barbosa. Participei da equipe de produção das rodas de samba do Museu Da Imagem e do Som, produzidas por Marília Barbosa. Participei por mais de dez anos da equipe de produção do Pagode do Trem de Marquinho de Osvaldo Cruz.
 
Comecei a ser convidado a participar de programas de rádio de Miro Ribeiro e João Estevan. Tive, e ainda tenho, um programa na rádio MEC exclusivamente sobre blocos de carnaval, pioneiríssimo, desde 2001. Faço discos-piratas-do-bem em casa reunindo obras desprezadas pela discografia oficial e pelo mercado. Coletâneas sobre as obras de Paulo da Portela e Walter Rosa, só para ficar com os Portelenses. Depois fui convidado para ser colunista no site de carnaval do jornal O DIA, com a coluna Memória da Folia, no ODIANAFOLIA. Dali fui para o SRZD e de lá para o www.carnavalesco.com.br onde estou até hoje. Participo como convidado de debates na rádio Globo e no Programa Madrugada na Globo como radialista Robson Aldir. Hoje integro o time da equipe de carnaval da Radio Tupi comandada por Eugênio Leal. Sou ainda colunista da revista ROTEIRO DOS DESFILES, com a coluna PETELECOTECOS DA FOLIA e da Revista do prêmio PLUMAS E PAETÊS. E ainda fui e sou professor de cursos voltados para o carnaval em nível de pós-graduação.
 
CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba?
 
Acho que Cartola é o Pelé do samba. E o Nelson Cavaquinho o Garrincha. Mas meu ídolo maior é Paulo da Portela, o maior de todos os bambas. Monarco adora contar o que Cartola sempre lhe dizia: “Eu (Cartola) fiz muito pelo samba e pela Mangueira, mas Paulo fez por todos nós”. E como referência de intelectuais tenho Tinhorão, Sergio Cabral e Marília Barbosa.
 
Como lideranças são, além de Paulo, Natal, Lino Manoel dos Reis, (o mais injustiçado), Mano Elói, Hilário Jovino e Ciata, Heitor, Saturnino (pai da Neuma), Candeia. Toda a turma do Estácio e, fora do carnaval, o insuperável Noel Rosa. Dos que estão vivos são Monarco, Paulinho da Viola e Cristina Buarque.
 
CPB: Defina o que é ser Diretor Cultural, sua importância num todo para a Escola.
 
Esta resposta vale para esta e para a pergunta seguinte. Eu tenho a visão de que no universo do samba, de sua formação e desenvolvimento, a Portela é a Grécia, desenvolveu e desempenhou idêntico papel que a Grécia para a história da humanidade. A Mangueira é formidável, insuperável em alguns aspectos e seu papel é importantíssimo. Assim o Império e o Salgueiro, mas a Portela é a Grécia. Os Portelenses do passado sabem disso; os de minha geração muitos sabem. Nosso papel como depto cultural é mostrar isto aos novos Portelenses e aos sambistas em geral que não sabem. E não vai aí nenhuma arrogância, juro que não. Cada escola tem sua história que é a mais linda e a mais importante segundo a paixão de cada um. É isto que revigora os desfiles. Nosso papel, no entanto é outro, repito, sem nenhuma arrogância. Acho que a Portela está longe de ser uma escola que protagonize o carnaval hoje, este espaço do protagonismo é tarefa para o presente e para o futuro, e nossa diretoria já está cuidando disso. O Depto cultural tem que mostrar a Grécia que somos. Os projetos, todos serão nesse sentido, nessa direção.
 
CPB: A PORTELA completou 90 anos de existência, possui uma história de glórias! Existe algum projeto para mostrar tal importância?
 
...
 
CPB: Você pensa em parceria para poder desempenhar sua função na PORTELA?
 
Todas, nestes primeiros dias temos a parceria interna da PORTELAWEB, que já tem um enorme acervo de primeiríssima, temos já parceria com a UERJ, inclusive com um projeto já em curso, parceria com o Parque de Madureira, além de parcerias com pessoas como Rildo Hora que é hoje o produtor mais festejado do samba, parceria com Alfredo Galhões, músico da banda do Zeca Pagodinho, alem de Paulinho da Viola que mostrou grande entusiasmo na feijoada, Marília Barbosa, biógrafa de Paulo da Portela, e João Baptista Vargens, biógrafo de Candeia, de Monarco e da Velha Guarda.
 
CPB: Para você, o que é ser PORTELA?
 
Ser Portela é ter o orgulho maior de ser Portela. É desfilar, é passear nos ensaios técnicos, é receber amigos na feijoada com a autoestima tão alta como o alcance do voo da águia. Sem empáfia, sem arrogância...mas com a autoestima que muito Portelense estava perdendo de tanto que era zoado. Ser Portela é vestir seu filho de Portelense no desfile dos Timoneiros. É cantar os sambas do Chico Santana, do Manacéa, do Alvarenga, do Candeia, do seu Jair, do seu Argemiro e tantos outros orgulhosos de que nossa escola é muito maior que um desfile de carnaval. Mostrar que samba é uma coisa e carnaval é outra, e que somos bons em tudo. É ficar arrepiado quando lemos na quadra que (...) aqui deu frutos...), ouvir no esquenta que (...) A majestade do samba, chegou, chegou (...).
 
CPB: Dentro do Mundo do Samba, você tem algum sonho?
 
Muito maior que ver a Portela campeã, é ver a Portela exibir nos desfiles seus fundamentos, desfilar com cada um de seus componentes dizendo assim: “aqui é uma escola de samba; aqui estamos cantando e dançando o samba...a história de nossas próprias vidas, de nossos pais, nossos avós, nossos filhos e netos”. Ver a escola exibindo seus passistas, suas incomparáveis porta-bandeiras, sua bateria formidável sempre e, tão importante quanto: continuar sendo insuperável em cada uma das rodas de samba do Brasil afora, com seus sambas das novas e das antigas gerações.
 
CPB: O que você espera desta nova PORTELA para 2014?
 
Que ela seja absolutamente fiel às propostas que levou aos Portelenses. Que continue sempre a trilhar esse caminho que escolheu. Que cosiga sanear as finanças da escola, ganhar muitos carnavais e, o mais importante, mostrar que a Portela está além do carnaval, que é muito mais que uma escola-de- samba-que-só-desfila. Que é a majestade do samba.
 
O COMPOSITORES DA PORTELA BLOG agradece sua participação!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Paulinho do Ouro

 
Entrevista com o Diretor de Barracão da PORTELA

CPB: Nome e idade?
Pedro Paulo Martins, 65 anos.
CPB: Fale um pouco sobre você?
Uma pessoa que procura ser fiel e leal em seu trabalho.
CPB: Como portelense, como está sendo o seu retorno à PORTELA?
Sempre digo, que não posso morrer sem ver a Portela campeã de novo e agora tenho a certeza que nunca estive tão perto de realizar este sonho e ainda participar diretamente dele!
CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba.
Não acredito muito em experiencia. Acho que a cada ano as coisas se renovam! Acredito muito em capacidade!
CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba?
Romildo, Cartola, Candeia, Monarco, Jair do Cavaquinho, Paulinho da Viola e toda Velha Guarda da Portela.
CPB: Defina o que é ser Diretor de Barracão, sua importância num todo para a Escola.
Um diretor de Barracão nada mais é do que um administrador. Tem que ter uma boa agenda e credibilidade para chamar os bons profissionais para trabalhar no seu barracão.

CPB: O que você pode falar para um iniciante na sua função?

Acho de uma importância muito grande a minha função. Já tive experiência como empresário e procuro usar o que aprendi como tal.

CPB: Para você, o que é ser PORTELA?

Seita, religião ou coisa parecida.

CPB: Mesmo sendo veterano em sua função, você tem algum sonho?

Uma pessoa sem sonho é uma pessoa morta, portanto tenho sim... Portela Campeã!

CPB: O que você espera desta nova PORTELA 2014?

Levo muita fé na nova direção da escola, acho que tanto o Serginho como o Marcos Falcon têm muita credibilidade, e é o que mais precisamos no momento. Que Deus os ilumine!!!


Paulinho, o COMPOSITORES DA PORTELA BLOG agradece a sua participação!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Fernando Bom Cabelo



CPB: Nome e idade?

Pseudo: Fernando Bom Cabelo
Nome: Fernando Aparecido Chabes, 58 anos.

CPB: Fale um pouco sobre você!

Sou Paulista de nascimento e aprendiz do samba carioca, convivi com os grandes festivais de musica da segunda metade da década de 60, dentro de casa ouvia meus pais cantando sambas e acabei me apaixonando por esse estilo.

CPB: Como você chegou à Ala de Compositores mais importante do Mundo do Samba?

Em 1974 conheci a Portela, a quadra ainda era nova e na Vicentina tive o prazer de ouvir ao vivo Manacéia, Candeia, Clara Nunes, João Nogueira, Chico Santana, Mijinha e outros mais, voltei em 1975 para a missa de sétimo dia de seu Natal e nesse momento percebi que a Águia havia pousado em meu coração de tal maneira que não seria feliz enquanto não fizesse parte dessa família.

Passei a visitar a Portela de vez em quando até que em 2009 vim morar no Rio a trabalho e através de amigos compositores do Quintal do Pagodinho comecei a frequentar as feijoadas e rodas como Tributo a Candeia, fui convidado a participar do Tributo a João Nogueira em 2009 e apresentado ao Junior Scafura que me acolheu na ala de Compositores onde desfilo desde 2010.

Participei do concurso de sambas enredo para 2011 em parceria com Valdir 59 e cia., 2012 com Ari do Cavaco e cia. e agora para 2013 com Paulinho Rocha, Pece Ribeiro, Jorge Matias do Batuke e Walter Alverca.

Em 1985 num show no Ilha Porchat Clube no litoral Paulista, Balancê de Verão do Osmar Santos, dividi o Palco com João Nogueira que fez questão de me apresentar à escola, mas na época em virtude do trabalho não pude vir ao Rio de Janeiro.

CPB: Desde quando você compõe?

Compus minha primeira musica em 1969, por incrível que pareça não era um samba, em 1970 ganhei um festival estudantil de MPB com um samba falado do folclore brasileiro e depois não parei mais. meu primeiro samba enredo foi em 1976 para a Rubro Negro de Guarulhos em São Paulo e no ano seguinte participei do primeiro LP de sambas enredo de São Paulo com a Escola de samba Morro da Casa Verde "A Estrela mais brilhante, Cacilda Becker". Em 2011 vencemos a disputa na Caprichosos de Pilares e União Parque Curicica no Rio de Janeiro.

CPB: O que você falaria para um Compositor que está chegando agora à PORTELA?

Ame a nossa bandeira, respeite o nosso chão e crie com toda sua alma pois ser compositor na Portela é uma responsabilidade muito grande, representamos o maior celeiro cultural do samba brasileiro.

CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s) dentro do Mundo do Samba?

João Nogueira, Clara Nunes, Adoniram Barbosa, Geraldo Filme, Candeia, Manaceia, Casquinha, Monarco, João da Baiana, Silas de Oliveira, Candeia, Chico Santana, Argemiro, Catone, Cartola, e todos aqueles que abriram espaço para que hoje possamos mostrar o nosso trabalho.

CPB: Conte-nos um pouco de sua experiência no SAMBA!

Meu primeiro samba enredo foi em 1976 para a Rubro Negro de Guarulhos em São Paulo e no ano seguinte participei do primeiro LP de sambas enredo de São Paulo com a Escola de samba Morro da Casa Verde "A Estrela mais brilhante, Cacilda Becker".

Nessa escola tenho 2 estandartes de ouro (2005 e 2006) e mais ou menos 11 sambas ganhos ao longo da carreira.

Em 2011 vencemos a disputa na Caprichosos de Pilares e União Parque Curicica no Rio de Janeiro. Tenho algumas musicas gravadas pelo Grupo Samba Seis de São Paulo, Ilcéi Mirian de Campinas-SP, Velha Guarda da Unidos do Peruche-SP alem dos sambas enredo. 

CPB: O que é ser PORTELA?

Ser Portela é ser nobre, é ser herdeiro da maior herança cultural do samba, enfim é ser um componente com vontade de ser vencedor.

CPB: Você tem algum sonho como Compositor? Qual?

O meu sonho de consumo é ser campeão na e com a Portela, o meu sonho como compositor é só de em algum momento lá no futuro alguém cantar um verso que eu fiz e lembrar que tudo que escrevi foi feito com muito carinho e amor pelo samba.

CPB: Nos eventos de Sambas-Enredo da PORTELA, como você vê o Concurso?

Impressionante não só em 2013 como nos anos anteriores a qualidade das obras que disputam o concurso da Portela, é muito boa, em 2012 fui até a semifinal, mas o simples fato de subir ao palco da Portela e ter a oportunidade de mostrar meu trabalho já faz de mim um vencedor.

Desde já, o COMPOSITORES DA PORTELA BLOG agradece a sua participação!