sábado, 27 de maio de 2017

Picolino (Portelenses de Outrora)


PICOLINO
Claudemiro José Rodrigues
 
* 13/5/1930 Rio de Janeiro, RJ 

Biografia
 
Compositor. Cantor. Instrumentista. Ritmista. Funcionário aposentado do Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis. Apresentou-se em vários clubes e rodas de samba do Rio de Janeiro. Compôs a primeira música aos 16 anos de idade. Pertenceu à Ala dos Compositores da Portela até o seu falecimento.


Dados Artísticos

Em 1946 já compunha para o Bloco Unidos da Tamarineira, de Oswaldo Cruz.

Com Candeia e Valdir 59, entrou para a Portela, passando a integrar a Ala dos Compositores, na época presidida pelo compositor Wanderley.

Compôs os sambas-enredos da Portela "Samba do gigante", feito em homenagem ao "IV Centenário da Cidade de São Paulo", em 1954 e "São Paulo Quatrocentão", que classificou a escola em 4º lugar do Grupo 1, no desfile daquele ano.

Integrando a Ala de compositores da Portela, fez apresentações entre 1955 e 1956 no Clube High-Life, juntamente com a Orquestra Tabajara e a Orquestra do Maestro Cipó. Mais tarde, fundou a Ala dos Malabaristas, a qual liderou durante cinco anos, transferindo-se para a Ala dos Compositores, da qual exerceu a presidência por dois anos.

Compôs "Legados de D. João VI", em 1957, samba-enredo com o qual a Portela foi campeã no desfile daquele ano.

Em 1963, ao lado de Casquinha, Candeia, Casemiro, Arlindo, Jorge do Violão e Davi do Pandeiro, formou o grupo Os Mensageiros do Samba, que fez parte do Movimento de Revitalização do Samba de Raiz, promovido pelo Centro de Cultura Popular (CPC) em parceria com a União Nacional dos Estudantes (UNE). Com esse grupo, gravou o LP "Mensageiros do samba", pela gravadora Philips. O disco contou com músicas compostas pelos integrantes do grupo, como "Se eu conseguir" (c/ Casquinha e Picolino) e "Lenço Branco", esta última, somente de sua autoria.

Formou o Trio ABC da Portela, juntamente com Noca da Portela e Colombo. Com o Trio, participou de vários espetáculos de samba e alguns festivais, como o "II Concurso de Música de Carnaval", organizado pelo Presidente do Conselho Superior de Música Popular Brasileira do Museu da Imagem e do Som, Ricardo Cravo Albin, em 1968, quando inscreveu duas composições do trio. A primeira composição inscrita foi "Portela Querida", que foi classificada em quinto lugar, sendo interpretada, com grande sucesso, por Elza Soares, que a gravou na Odeon, e a segunda, "É bom assim", interpretada pelo cantor Gasolina.

No ano de 1969 sua composição "Chorei, sofri, penei", classificou-se em primeiro lugar no Concurso de Carnaval do Teatro Municipal de São Paulo.

No ano de 1970 Elizeth Cardoso no LP "Falou e disse", lançado pela gravadora Copacabana, incluiu de sua autoria "Você foi um atraso em meu caminho", parceria com Jair do Cavaquinho.

Foi autor ainda de "Atrás do meu caminho", gravada por Elizeth Cardoso. Ainda fazendo parte do Trio ABC da Portela, compôs "A dor que vem do Brás", gravada por Eliana Pittman, que anteriormente já tinha gravado de sua autoria em parceria com Caipira "Tô chegando, já cheguei" .

Entre outras músicas lançou ainda "Puxa, que luxo" (c/ Luiz Ayrão), gravada por Luiz Ayrão.
Em 1978 Martinho da Vila gravou "Querer é poder" (c/ Colombo e Noca da Portela) e, em 1997, "Nem ela, nem tu, nem eu", também de sua autoria.

Em 2003 sua composição "Portela querida" foi regravada no CD "Noca da Portela - 51 anos de samba".

Entre seus intérpretes destacam-se, além de Martinho da Vila e Elza Soares, Eliana Pittman na regravação de "Lenços brancos", Pastoras da Velha Guarda da Portela "Lenços brancos" (LP 'Samba no chão, 1962) e "Secretário da Escola" (Picolino e Monarco) Tuco e seu Batalhão de Sambistas.

Obra

A dor que vem do Brás (c/ Noca da Portela e Colombo)
Atrás do meu caminho
Chorei, sofri, penei (c/ Noca da Portela)
De amigo pra amigo (c/ Luiz Ayrão)
É bom assim (c/ Noca da Portela e Colombo)
Legados de D. João VI (c/ Candeia e Valdir 59)
Lenço branco
Nem ela, nem tu, nem eu (c/ Walter Rosa)
Portela querida (c/ Noca da Portela e Colombo)
Puxa, que luxo (c/ Luiz Ayrão)
Querer é poder (c/ Colombo e Noca da Portela)
Samba do gigante (c/ Valdir 59)
São Paulo quatrocentão
Se eu conseguir (c/ Casquinha)
Tô chegando, já cheguei (c/ Caipira)
Você foi um atraso em meu caminho (c/ Jair do Cavaquinho)

Discografia

(1964) Mensageiros do Samba • Philips • LP

 
Bibliografia crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. MPB, a história de um século. Rio de Janeiro: Atrações Produções Ilimitadas/MEC/Funarte, 1997.
ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso - Uma vida. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, S/D.
MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música brasileira - erudita, folclórica e popular. 2 v. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural, 1977.
MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música Brasileira - erudita, folclórica e popular. 3. ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha, 1998.
MONTE, Carlos e VARGENS, João Baptista M. (Ilustrações Lan). A Velha-Guarda da Portela. Rio de Janeiro: Editora Manati, 2001.

terça-feira, 16 de maio de 2017

Paulo da PORTELA (Portelenses de Outrora)


PAULO DA PORTELA

Paulo Benjamin de Oliveira


* 18/6/1901 Rio de Janeiro, RJ 
+ 30/1/1949 Rio de Janeiro

Biografia

Compositor. Cantor. Filho de Joana Baptista da Conceição e Mário Benjamin de Oliveira, passou a infância no bairro da Saúde e Estácio de Sá, criado pela mãe junto com um irmão mais velho e uma irmã mais nova. O pai sempre foi figura ausente. 

Começou a trabalhar bem cedo em uma pensão para ajudar a mãe. Também entregava marmitas em domicílio. Mais tarde, passou a trabalhar como lustrador de móveis. 

Em 1920 a família mudou-se para Osvaldo Cruz, indo morar numa casinha de vila que hoje corresponde ao 338 da Estrada da Portela. Nessa época, iniciou suas atividades carnavalescas, no Bloco Moreninhas de Bangu.

Em junho de 1939 casou-se com Maria Elisa dos Santos. Faleceu em 1949 em consequência de um ataque cardíaco, na mesma cidade, no dia 30 janeiro de 1949.

Dados Artísticos

Fundou, no início da década de 1920 o "Ouro Sobre Azul", o primeiro bloco de Osvaldo Cruz, mais no estilo dos ranchos do que do samba. Foi na casa de seu Napoleão (pai de Natal da Portela), um dos grandes festeiros do bairro, na qual começou a conviver com sambistas como Ismael Silva, Baiaco, Brancura, Aurélio, trazidos do Estácio pela irmã de seu Napoleão, D. Benedita. Nestas festas, tocava-se e dançava-se jongo e caxambu. Mais tarde, passou a frequentar as festas de D. Esther Maria Rodrigues, organizadora do bloco "Quem Fala de Nós Come Mosca", que recebia tanto pessoas do bairro como também da classe alta, e ainda artistas como Pixinguinha, Cartola, Roberto Silva, Augusto Calheiros, Donga, Gilberto Alves, entre outros.   

Em 1922 fundou o bloco "Baianinhas de Oswaldo Cruz", juntamente com Antônio Rufino dos Reis e Antônio da Silva Caetano, futuros fundadores da Portela. Em 11 de abril de 1926 surgiu o Conjunto Carnavalesco Escola de Samba de Osvaldo Cruz, em cuja organização teve papel importantíssimo de líder, produtor, relações públicas, organizava os eventos, discursava, lutando para que o samba e as escolas de samba tivessem o seu devido reconhecimento. A participação pública de Paulo da Portela logo fez dele um líder classista muito considerado por seus pares e por alguns jornalistas, que nele via despontar uma estrela do proletariado. 

Em 1931 Mário Reis gravou seu samba "Quem espera sempre alcança", pela Odeon. No ano seguinte, em 1932, participou da fundação da UES (União das Escolas de Samba). No ano de 1935 a Vai Como Pode (futura Portela) ganhou o desfile das escolas de samba com "Linda Guanabara", de sua autoria. No mesmo ano, a escola passou a chamar-se G.R.E.S. Portela, e Paulo da Portela foi eleito pelo voto popular como o maior compositor das escolas de samba, em um concurso promovido pelo jornal "A Nação". No ano seguinte, 1936, foi eleito "Cidadão-Momo" e, em 1937, "Cidadão-Samba". Esses títulos lhe deram status na sociedade carioca e geraram algumas inimizades. Carlos Galhardo gravou nesse ano "Cantar para não chorar", (c/ Heitor dos Prazeres), pela Victor. 

De dezembro de 1937 a janeiro de 1938, participou da Embaixada do Samba, grupo que viajou em turnê de shows no Uruguai, do qual faziam parte Heitor dos Prazeres, Marília Batista, a violonista Ivone Rabelo, o maestro Júlio de Souza e os Turunas Cariocas. Ainda em 1938, participou da Embaixada da Favela que, chefiada por Francisco Alves, fez apresentações em São Paulo. Compôs "Teste de samba", com o qual a Portela foi campeã em 1939, apontado como o primeiro samba-enredo, já que conseguiu estruturar toda a escola em função do seu samba, ao contrário dos outros compositores, que criavam a música a partir de um enredo determinado. 

No ano de 1940 criou o programa "A voz do morro", na Rádio Cruzeiro do Sul, junto com Cartola, no qual apresentavam sambas inéditos. 

No ano posterior, em 1941, formando o Conjunto Carioca juntamente com Cartola e Heitor dos Prazeres, fez temporada em São Paulo. Nesse ano, a Portela foi campeã com seu samba "Dez anos de glória", em parceria com Antônio Caetano, que contava todos os temas já apresentados pela escola desde 1932. Brigado com a diretoria, deixou a escola logo após o carnaval. Entrou então para a Escola de Samba Lira do Amor, de Bento Ribeiro. Mas, apesar disso, em agosto de 1941 recebeu, na Portela, Walt Disney e enorme comitiva. Inspirado nesta grande festa, Disney criou o personagem Zé Carioca. Participou como figurante de três longas-metragens: "Favela de meus amores", de Humberto Mauro; "O bobo do rei" e "Pureza". 

Em 1965 sua composição "Pam-pam-pam-pam" foi incluída no LP "Rosa de ouro", da Odeon. Seu partido-alto "Cocorocó" foi interpretado pela Velha-Guarda da Portela no LP "Portela, passado de glória", da RGE, em 1970, disco produzido por Paulinho da Viola. No ano de 1972 Elza Soares e Roberto Ribeiro incluiram "Cocorocó" no disco "Sangue, suor e raça", de Elza Soares e Roberto Ribeiro lançado pela gravadora Odeon. 

Em 1974 Alvaiade gravou o samba inédito "Quitandeiro" (c/ Monarco), no LP "Portela", da Marcus Pereira. Monarco havia terminado o samba com a permissão da família do compositor. Foi homenageado em sambas como "De Paulo da Portela a Paulinho da Viola", de Monarco e Francisco Santana, e "Passado de glória", de Monarco. No ano de 1976 Roberto Ribeiro regravou "Quintandeiro" (c/ Monarco) no LP "Arrasta povo". Neste mesmo ano sua composição "Olhar assim" foi interpretada por Clementina de Jesus no disco "Clementina de Jesus - Convidado especial: Carlos Cachaça", lançado pela gravadora EMI-Odeon. 

Em 1979 Clementina de Jesus regravou "Cocorocó" no LP "Clementina e Convidados". 

Em 1984 através do selo Funarte foi lançado o LP "Cartola entre amigos", disco no qual foi incluída a faixa "Deus te ouça", parceria com Cartola e interpretada pela dupla Monarco e Doca da Portela. 

No ano de 1986 pelo selo Bomba Records e com produção de Katsunori Tanaka foi lançado o LP "Doce recordação - Velha-Guarda da Portela" somente para o mercado japonês, disco no qual foi incluída de sua autoria "Cidade mulher", interpretada por Monarco. 

No ano seguinte, em 1987, novamente o produtor japonês Katsounori Tanaka lançou (para o mercado japonês) o LP "Homenagem a Paulo da Portela". Neste LP participaram vários integrantes da Velha-Guarda da Portela e outros admiradores de Paulo da Portela: Chico Santana em "Linda Guanabara"; Manaceia "Teste ao samba"; Cristina Buarque e Mauro Duarte em "Quem espera sempre alcança", Monarco e Tia Doca em "Deus te ouça"; Monarco em "Este mundo é uma roleta" e "O meu nome já caiu no esquecimento"; Argemiro da Portela em "Cocorocó"; Casquinha da Portela em "Conselho". O disco foi relançado no Brasil em 1988 pelo selo Ideia Livre, do produtor Aluízio Falcão. 

Na década de 1990 a gravadora Nikita Music relançou em CD "Cartola entre amigos". No ano 2000 a gravadora Nikita Music relançou "Doce recordação - Velha-Guarda da Portela", desta vez para o mercado brasileiro. 

Neste mesmo ano de 2000 a gravadora Nikita Music relançou em CD o disco "Homenagem a Paulo da Portela".   

No ano seguinte, em 2001, foi homenageado pelo bloco "MIS a MIS", quando o Museu da Imagem e do Som apresentou o enredo "Paulo da Portela", bloco que tinha como padrinhos Dona Zica e Ricardo Cravo Albin. O samba em sua homenagem, criado para o desfile do bloco, foi composto por Jorge de Paula, Ricardo Mello e Marcelo Menezes, sendo gravado por Monarco e a Velha-Guarda da Portela. O desfile do bloco, também animado pelo Bloco Carnavalesco Cordão da Bola Preta, aconteceu no bairro da Lapa, centro do Rio de Janeiro. Neste dia foram feitas imagens para um documentário sobre a vida e obra do sambista, dirigido e escrito por Marília Barboza, Luís Carlos Magalhães, Carlos Monte e João Batista Vargens, que incluiria também cenas com depoimentos de familiares do compositor. 

Em 2002 foi lançado o livro "Velhas Histórias, memórias futuras", de Eduardo Granja Coutinho, no qual o autor faz várias referências ao compositor.

Em 2015, foi homenageado no espetáculo "A História de Paulo Benjamin de Oliveira - Paulo da Portela", de autoria de Wilson Machado e direção de Adun Benton, encenado por uma companhia de atores negros tendo como estrela maior a cantora Zezé Mota, e apresentado na Sala Baden Powel, no bairro carioca de Copacabana. 

Em 2016, por ocasião dos 115 anos de seu nascimento foi homenageado pela Escola de Samba que ajudou a criar, a Portela, com um show da cantora Teresa Cristina, na quadra da Escola em Oswaldo Cruz, no qual foram interpretados clássicos de sua autoria tais como "Deus te ouça", com Cartola; "Quitandeiro" e "Cidade mulher".

Obras


Arma perigosa (c/ Paquito)
Cantar do rouxinol
Cantar para não chorar (c/ Heitor dos Prazeres)
Cidade mulher
Cocorocó
Coleção de passarinhos (c/ Clementina de Jesus e Hermínio Bello de Carvalho)
Deus te ouça (c/ Cartola)
Dez anos de glória (c/ Antônio Caetano)
Linda borboleta (c/ Monarco)
Linda Guanabara
Olhar assim
Orgulho, hipocrisia (c/ Clementina de Jesus e Hermínio Bello de Carvalho)
Orgulho, hipocrisia
Ouro, desça do seu trono
Pam-pam-pam-pam
Quem espera sempre alcança
Quitandeiro (c/ Monarco)
Serei teu Ioiô
Teste de samba
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
ALBIN, Ricardo Cravo. MPB, a história de um século. Rio de Janeiro: Atrações Produções Ilimitadas/MEC/Funarte, 1997.
ALBIN, Ricardo Cravo. O livro de ouro da MPB. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
COUTINHO, Eduardo Granja. Velhas histórias, memórias futuras. Rio de Janeiro: Editora Uerj, 2002.
MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música brasileira - erudita, folclórica e popular. 2 v. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural, 1977.
MARCONDES, Marcos Antônio. (Ed.). Enciclopédia da música Brasileira - erudita, folclórica e popular. 3. ed. São Paulo: Arte Editora/Itaú Cultural/Publifolha, 1998.
MONTE, Carlos e VARGENS, João Baptista M. (Ilustrações Lan). A Velha-Guarda da Portela. Rio de Janeiro: Editora Manati, 2001.
MUNIZ, Jr., J. Sambistas Imortais.
SILVA, Marília T. Barbosa da, e SANTOS, Lygia. Paulo da Portela, traço de união entre duas culturas. Rio de Janeiro: Editora Funarte, S/D.