quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Beto Fininho



CPB: Nome e idade?

Beto: Meu nome de batismo é José Roberto da Rocha Bernardo e eu tenho 57 anos. O apelido Beto Fininho eu ganhei ainda na infância por ser uma pessoa extremamente magra. Esse apelido acabou se propagando por toda a minha vida, inclusive no meio do samba, se transformando em nome artístico.
CPB: Fale um pouco sobre você!
Beto: Nasci na Rua Jauaperi, no bairro de Quintino Bocaiúva, no Rio de Janeiro, em 1958. Lá eu vivi até os 6 anos de idade em uma casa onde moravam a minha família, composta pela minha mãe (Ismenia), meu pai (José) e uma irmã (Nadia), além da família da minha tia Jurema (irmã da minha mãe) juntamente com o marido, tio Carlito, e a minha avó, Dona Izaura, além de 3 primos. Como o meu pai era bancário, fomos morar no bairro da Praça Seca em 1964, em um conjunto residencial localizado na Rua Barão e construído pelo antigo Instituto de Aposentadoria dos Bancários – IAPB. Motivado pela nossa saída, o tio Carlito, acabou levando a outra metade da família junto com a minha avó para Oswaldo Cruz, bairro onde havia residido depois de ter chegado da Bahia e antes de se casar com a minha tia. Em Oswaldo Cruz, a família residiu em 4 diferentes endereços: primeiro na Rua Frei Bento, próximo à Bica do Inglês, depois na Rua João Vicente, em seguida na Rua Fernandes Marinho, e hoje, a minha tia ainda vive, em outro endereço na Rua Frei Bento.  Ao longo da convivência entre as famílias havíamos construído laços afetivos muito fortes. Além disso, a minha avó exercia grande liderança no grupo. Com isso, eram comuns, e quase obrigatórias, as reuniões e almoços coletivos em Oswaldo Cruz nos finais de semana e feriados.  Desentendimentos acabaram provocando a separação dos meus pais. Essa separação associada às crises que se estabeleceram depois do Golpe Militar de 1964 ampliaram as dificuldades financeiras na minha casa, principalmente durante a década de 1970, o que me levou a intensificar a convivência com o lado de Oswaldo Cruz. Assim, eu passei a ter, definitivamente, dupla residência. Nesse cenário entrou em cena o meu tio Carlito, que passou a fazer o papel de pai e foi o grande responsável pela minha imersão no mundo do samba. Apaixonado pelo samba, e por mim, modéstia à parte, o cara andava comigo a tiracolo por todo canto onde ia. Foi assim que eu tive a oportunidade de frequentar, meramente como expectador, as maiores rodas de samba que vi na minha vida, como as rodas que aconteciam no quintal da casa da Dona Doca e no Botequim da Velha Guarda. Além disso, a vida em Oswaldo Cruz me possibilitou a convivência, mesmo que sem intimidade, com figuras como Seu Manacéa, Seu Argemiro, Seu Monarco, Seu Chico Santana, entre outros moradores e frequentadores assíduos do bairro. Nos casos de Argemiro e Chico Santana, cheguei mesmo a manter relações bastante próximas. Me lembro até hoje dos papos regados a limão com o Seu Chico no botequim da Fernandes Marinho. Na época morávamos ao lado desse botequim, e cá entre nós, o velho não tinha o menor pudor em oferecer bebida para um menor de idade. Em compensação, tive o privilégio de ouvi-lo cantar dezenas de sambas diretamente da fonte. Ainda bem que ele fez isso, como eu gosto de limão! E mais ainda dos sambas desse cara, por quem desenvolvi uma enorme admiração.  Bem, depois de toda essa iniciação, o envolvimento com o samba se deu de forma bastante natural. Acabei aprendendo a tocar violão e cavaquinho e me evolvendo com as rodas de samba. As primeiras composições começaram a acontecer a partir dos 16 anos.  Embora o meu casamento com o samba seja uma relação cristalizada, confesso que sempre tive receio de me entregar exclusivamente a ele como meio de vida. Talvez pela experiência de ter passado as dificuldades que passei e, principalmente, por conta das tantas histórias que ouvi dos mais velhos em Oswaldo Cruz sobre os problemas que envolvem viver de música no Brasil. Assim, paralelamente às minhas atividades no samba, hoje trabalho como professor na Universidade Federal Fluminense.  
CPB: Como compositor da Escola de Samba de Oswaldo Cruz, como você está vendo este novo momento? 
Beto: Penso que este é um momento, sobretudo, de recuperação da nossa autoestima. A nova administração da Portela tem se mostrado muito comprometida com as tradições e, ao mesmo tempo, preocupada com o futuro da Escola. São várias iniciativas que precisamos reconhecer. Dentre elas eu destacaria o Projeto Portela de Asas Abertas, a reorganização da Ala de Compositores com o apoio à formação do grupo musical dentro da Ala e o fortalecimento da Escola Mirim Filhos da Águia. Esses são alguns projetos que eu tenho acompanhado de perto e estou muito feliz por ver a Portela se colocar para a comunidade do samba mostrando a sua estatura.  Penso que só está faltando agora é um título, porque a História da Portela todos respeitam e até os nossos adversários reconhecem o nosso papel no cenário do Carnaval. Mas, realmente, como diz o Mestre Monarco: “o portelense quer vitória para alegrar seu coração”. Não podemos ser ingênuos e achar que isso se consegue da noite para o dia. Mas estamos amadurecendo. E quando chegar esse momento, o mundo vai ficar pequeno para tanta felicidade.
CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba.  
Beto: Conforme eu já falei, as rodas de samba de Oswaldo Cruz foram o ponto de partida. Mas ali eu era mero expectador. Nem me atrevia a entrar com a feras. As minhas primeiras experiências significativas como compositor se deram na década de 1970, em blocos carnavalescos da Praça Seca: Tribo do Araruta e Mocidade de Maricá. A partir desta mesma época, tive oportunidade de tocar em vários grupos. Um deles fazia bailes de samba e se chamava Meninos de Ouro (década de 1970). Outro grupo de MPB em que eu toquei na década de 1980 foi o Massaranduba com Manjericão. Esse fazia shows onde eu apresentava algumas composições minhas, inclusive em teatros. Na década de 1990 eu destacaria o trabalho desenvolvido no grupo Saudades da Guanabara, onde atuei como organizador, cantor, músico e compositor desde o início da revitalização da Lapa. Além disso, na mesma década de 1990, fundamos na Praça Seca, junto com um grupo de amigos, o Bloco Carnavalesco Beija a Lua e Vem Pra Praça. A chegada à Ala de Compositores da Portela ocorreu no ano de 1994 a convite do compositor Chico Carlos que na época estava buscando parceiros. Aquilo para mim era inimaginável, mas o cara me ouviu cantando uns sambas meus em uma festa de família e me chamou. Fui apresentado ao saudoso Ary do Cavaco que na época era um ídolo. Ele me levou para um canto da quadra e me fez cantar quatro sambas meus. Do Ary me tornei amigo - coisa que não era muito difícil considerando a generosidade que caracterizava aquele cara -  e fui por ele convidado a participar do grupo musical do Departamento Musical da Portela. Com o grupo, e sempre liderado pelo Ary, tive oportunidade de fazer várias apresentações e shows. Essa foi a história da minha admissão na Ala. Para um cara que respirava Portela e amava essa Escola, aquilo tinha um significado enorme e tenho muito orgulho de pertencer a esta Ala. Por outro lado, eu nuca tive a sorte, ou a competência, de ser um campeão de samba de enredo na minha Escola. Certa vez (ano de 2000), a convite do colega de ala Jorge Poeta, fizemos um samba para a Acadêmicos do Engenho da Rainha que estava no grupo de acesso. Lá fomos finalistas, mas também não cheguei a ver o meu samba ser cantado na avenida porque ficamos em segundo lugar.   Mas nem sempre os resultados são negativos. Como compositor eu tenho, junto com parceiros diversos, vivenciado importantes experiências. No Bloco Carnavalesco Simpatia é Quase Amor (Ipanema), por exemplo, tive oportunidade de ser bicampeão nos carnavais de 2003 e 2004, e também campeão no Bloco Carnavalesco Meu bem Volto Já (Leme). Fui finalista no Festival de Samba de Quadra da Portela - edição 2005, finalista na segunda edição do Festival de Samba de Quadra da Light (2010), e finalista no Festival São Paulo Exposamba - edição 2012.  Hoje me considero em um momento de intenso envolvimento com vários projetos importantes. O primeiro deles é a organização do Movimento do Samba de Resistência do Morro do Pinto. O projeto faz um trabalho quase pedagógico que visa contribuir para a compreensão da definição do que é o gênero musical Samba. Considerando a grande confusão que se estabeleceu nas últimas duas décadas, depois que o guarda-chuva do samba passou a abarcar uma enorme quantidade de variantes, a ideia é discutir e trazer para o público um repertório de sambas de autores que são considerados as grandes referências e que ajudem a esclarecer o público interessado sobre a estética do samba. As rodas de samba são mensais e acontecem no Morro do Pinto. O grupo tem sido convidado pelo Departamento Cultural da Portela e já se apresentou no contexto do Projeto Portela de Asas Abertas nas edições de dezembro de 2014 e março de 2015. Além disso, recentemente, venho trabalhando, a convite da Comissão de Gestão da Ala de Compositores e junto com outros colegas – Luizinho do Cavaco e Marcelo Negrão –, na organização do Grupo Musical da Ala de Compositores da Portela. O objetivo é organizar um grupo formado por compositores para representar a Portela e a Ala em eventos musicais. Outras experiências que merecem ser citadas são as minhas participações na Escola de Samba Mirim Filhos da Águia, como diretor de cultura e no Bloco Carnavalesco Bagunça Meu Coreto (Praça São Salvador), onde atuo desde 2005 como compositor.  
CPB: Qual (is) o(s) seu(s) ídolo(s) no samba?
Beto: É muito difícil citar um, mas não por ser “o cara” da Portela, como também pelo seu trabalho de conscientização junto à comunidade negra de Oswaldo Cruz, por toda a sua contribuição em relação à organização e à conscientização do povo do samba, sem dúvida nenhuma o Paulo da Portela. Certa vez eu ouvi da boca de Dona Neuma, na casa dela: “Paulo foi o homem mais importante do samba. Se não fosse ele talvez as escolas de samba nem existissem”. Esse reconhecimento já foi feito, em outros termos, pelo próprio Cartola. Agora, existem outros dentro e fora da Portela. Uma vez pediram para o Zeca definir o Paulinho das Viola e ele disse mais ou menos assim: “Paulinho é o cara que todo sambista queria ser”. Acho que isso sintetiza bem, nem preciso falar. Na casa temos ainda o meu Grande Mestre Chico Santana, Monarco, Manacéa, Chatim, Mijinha, Aniceto, Alberto Lonato, Alvaiade, Alcides, Jair, Candeia (o mais completo), Wilson Moreira, Mauro Duarte, Paulo Cesar Pinheiro, João Nogueira, entre outros. Na Mangueira temos Cartola, Nelson Cavaquinho, Jorge Zagaia, Padeirinho, Xangô, Tantinho. Há uma trinca que eu gosto especialmente: Geraldo Pereira, Wilson Batista e Assis Valente. Tem Mano Décio e Silas de Oliveira, tem Noel Rosa, Geraldo Babão, Djalma Sabiá. Enfim, eu vou ter que parar de citar senão a lista não acaba e eu é que acabo cometendo injustiças, se não já cometi.  
CPB: Na elaboração de um samba, como você se define? É letrista, faz a música, ou os dois? 
Beto: Depende muito se estou construindo sozinho ou se estou junto com algum parceiro. Tenho feito as duas coisas. Quando encontro uma letra já bem elaborada atuo como melodista, quando recebo uma primeira construo a segunda, e quando estou sozinho faço tudo.  
CPB: Desde quando você compõe? 
Beto: Como já havia falado, desde os 16 anos de idade.  
CPB: Você hoje alcançou seu espaço na mídia! O que você, como compositor experiente, falaria aos jovens compositores? 
Beto: Eu até que me considero experiente, mas ter alcançado espaço na mídia, ainda não é o meu caso. Talvez por conta de não ter priorizado o samba como meio de vida, não fui tão pragmático em relação à busca pela visibilidade das minhas obras. A visibilidade que eu conquistei foi a partir das minhas participações em rodas, festivais, eventos e organização de grupos. Na verdade o que eu tenho é uma gaveta cheia de músicas, mas elas só são gravadas, geralmente, quando os intérpretes me descobrem. Tenho músicas gravadas por Ernesto Pires, Tania Malheiros e Nina Wirtti, por exemplo, mas todos me descobriram, sem que eu fizesse movimentos na direção desses artistas.  Não sei se estou autorizado a falar aos jovens compositores, mas penso que é importante que os jovens estejam atentos às referências. Nenhum historiador ou qualquer outro cientista dá seguimento às suas pesquisas sem ler as suas referências e tomar conhecimento daquilo que foi construído anteriormente. Assim deve ser com o samba. Não é possível que as pessoas se digam compositores de samba sem saber o que é isso. Sem ter uma noção razoável do que foi construído nesse campo do conhecimento. E uma boa forma de se adquirir essa bagagem é ouvindo os mestres. No outro dia eu fui apresentado pela minha amiga Vivi Fernandes a um samba bem antigo do Sidney Miller chamado Argumento. O samba tem um trecho que me parece explicar isso de forma definitiva. Diz a letra: “Ouça bem o que eu lhe digo, vá cantar um samba antigo, pra saber o que há de novo”. É isso que eu deixaria como mensagem.  
CPB: Para você, o que é ser Portela? 
Beto: Ser Portela é antes de tudo, motivo de muito orgulho. Sei que esse orgulho não é só meu, mas de todos os portelenses, e se constituiu a partir da História da Portela. Agora, essa mesma História nos coloca sobre os ombros uma enorme carga de responsabilidade, por tudo o que já foi dito anteriormente, desde o trabalho iniciado por Paulo Benjamin de Oliveira, nosso grande pioneiro e Professor.  
CPB: Dentro do mundo do Samba você tem algum sonho? 
Beto: Ver a minha Escola na avenida desfilando com um samba meu.  
CPB: Como portelense, o que você espera da PORTELA em 2016? 
Beto: Espero ver a minha Escola brilhando, com um samba digno da sua História e da sua importância, um desfile impecável, e campeã do Carnaval. De preferência cumprindo o seu papel pedagógico e dando aula de samba, inspirada pelo grande Professor Paulo, como sempre fez. 
Desde já, o COMPOSITORES DA PORTELA BLOG agradece a sua participação!

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Zé Roberto



CPB: Nome?

Zé Roberto: José Roberto Rangel Chapelen, mais conhecido como "Zé Roberto".

CPB: Fale um pouco sobre você!

Zé Roberto: Sou compositor e cantor de samba/pagode, com mais de 30 anos de estrada. Tive a honra de compor para vários grandes nomes da música brasileira como Zeca Pagodinho, AGP, Emílio Santiago, Fundo de Quintal, Arlindo Cruz, Beth Carvalho... entre outros. Participei do projeto do Zeca Pagodinho, Quintal do Pagodinho, interpretando minhas canções (penetra/pai coruja/ vacilão) e como autor da única música inédita do álbum "Em um outdoor", projeto que me rendeu maior projeção profissional, pois tive a oportunidade de mostrar a minha cara, muitas pessoas conhecem a obra mas não conhecem o autor. Além de participações em programas de televisão como Domingão do Faustão, Esquenta, Fantástico, e ainda tive músicas de minha autoria como trilha sonora de 3 novelas Globais, do horário nobre, Passione (O garanhão), Avenida Brasil (Em um outdoor) e Império (Conselho).

CPB: Como Compositor da Escola de Oswaldo Cruz, como você está vendo este novo momento?

Zé Roberto: Feliz e confiante na nova diretoria. Renovações são sempre bem vindas.

CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba!

Zé Roberto: Minha experiência com o samba começou quando era muito jovem, compondo para blocos de carnaval, samba-enredo para escolas de Grupo de Acesso, integrei uma banda chamada Passaporte, como vocalista. Mas considero como pontapé inicial o "Pagode do Arlindo" em Cascadura, quando tive a oportunidade de apresentar minhas próprias composições, e em 1985 tive o meu primeiro samba gravado, Resumo (Zé Roberto e Acyr Marques) pelo Dominguinhos do Estácio, depois veio Conselho, Retrato Cantado de um amor, Mulata Beleza, Coisa de Amante, Inigualável Paixão, e por aí vai.

CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba?

Zé Roberto: Zeca Pagodinho, Candeia, Arlindo Cruz.

CPB: Na elaboração de um samba, como você se define? É letrista, faz a música ou os dois?

Zé Roberto: Eu faço os dois, nos últimos anos, inclusive, gravei 7 músicas com Zeca Pagodinho, de minha autoria sozinho. Poucos tiveram este privilégio. Além de Além do Normal e Perseverança com Revelação e Xande de Pilares, respectivamente, também sozinho.

CPB: Desde quando você compõe?

Zé Roberto: A primeira música gravada foi em 1985, Resumo, com Dominguinhos do Estácio.

CPB: Você hoje alcançou seu espaço na mídia! O que você, como compositor experiente, falaria aos jovens compositores?

Zé Roberto: Que apesar das dificuldades, da pirataria, que não desistam. O samba não pode acabar, o processo de renovação tem que existir. Perseverança! "Tem que lutar, não se abater...".

CPB: Para você, o que é ser PORTELA?

Zé Roberto: Ser Portela é acreditar sempre na vitória, é não desistir nunca, é ter Perseverança!

CPB: Dentro do Mundo do Samba, você tem algum sonho?

Zé Roberto: Sim, meu sonho é ganhar um samba enredo na Portela e ver a Portela campeã com meu samba. 

CPB: Como portelense, o que você espera para a PORTELA em 2016?

Zé Roberto: Espero o tão esperado título de campeã do carnaval de 2016 na Sapucaí.

Zé Roberto - Compositor e Cantor
Contatos para show: (21) 3474-6195 - Falar com Daniele.
Email:
chapelen1@gmail.com
(21) 7863-4421, Id: 10*41739
(21) 3979-4333
Facebook: Zé Roberto


Desde já, agradecemos!

domingo, 7 de junho de 2015

Samir Trindade

CPB: Nome e idade?

Samir: Samir de Oliveira Trindade, 32 anos.

CPB: Fale um pouco sobre você!

Samir: Sou formado em História, mas sou servidor público, um cara muito família, caseiro, tenho 4 filhos, minha característica é nunca desistir do que eu quero, vou atrás dos meus sonhos e dos meus projetos, em primeiro lugar na minha vida está minha família sempre.

CPB: Como Compositor da Escola de Oswaldo Cruz, como você está vendo este novo momento?

Samir: Estou vendo esse momento como um divisor de águas na PORTELA, uma Escola que está valorizando seus Compositores, a Ala produz e tem que produzir sambas em prol da Escola, e é isso que está acontecendo, parece um sonho esse momento que estou vivendo, independente do resultado da disputa de samba minha alegria é imensa de estar na PORTELA.

CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba! 

Samir: Comecei no samba através do meu avô, que era um Compositor da PORTELA e do Arame de Ricardo, e foi assim que minha história começou, acompanhando meu avô. Quando assinei pela primeira vez no Grupo Especial foi na PORTELA, mas na época a Escola tinha um sistema de corte na fita e infelizmente nosso samba nunca teve oportunidade de chegar até a disputa na quadra, por esse motivo, em 2002, comecei a escrever na Beija-Flor, lá todos os sambas cantam na quadra, assim fui até 2007, caindo sempre nos primeiros cortes, até conhecer o Pixulé, cantor de samba enredo, hoje no Império Serrano, ele ouviu um samba concorrente, se arrepiou e foi cantar de graça na quadra. No ano seguinte ele prometeu me colocar numa parceria mais estruturada na Beija-Flor, e foi o que aconteceu. Nos anos seguintes fomos a frente até a primeira vitória em 2010! Sou muito agradecido a ele por ser hoje uma pessoa vitoriosa e respeitada nesse Mundo do Carnaval, de 2010 pra cá foram 5 sambas na Beija-Flor, 1 no Império da Tijuca (Estandarte de Ouro), sambas em Porto Alegre, Uruguaiana, Manaus, Corumbá, enfim, muita felicidade!

CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba?

Samir: Olha, fui muitas vezes na PORTELA pra ver o Rixxah cantar, eu acho que ele é a maior voz que já passou na avenida, 95 para mim foi um ano mágico para a PORTELA e ele foi fantástico!  Já como Compositor sou muito fã do David Correa, os sambas dele sempre chegaram no povo, e como diz meu amigo Neguinho da Beija-Flor, "Samba bom é o que o povo canta".

CPB: Na elaboração de um samba, como você se define? É letrista, faz a música ou os dois?

Samir: Geralmente eu costumo fazer os dois, mas acho que num samba enredo, assim como na vida, ninguém consegue ser vitorioso sozinho!  Você pode ter toda a ideia, mas precisa de um pitaco aqui e outro ali, inspiração vem de Deus e o que vem de Deus não escolhe a hora para chegar, ando com gravador 24 horas por dia na época da feitura. 

CPB: Desde quando você compõe?

Samir: Desde os 12 anos de idade, ganhei um Concurso de Poesia que abrangeu toda a rede de Escolas Municipais, a professora veio me perguntar se era minha mesmo, depois, ainda garoto, disputei samba num bloco perto de casa e ganhei cinco vezes lá, lembro de chorar ao ver meu bairro inteiro cantando o samba.

CPB: Você hoje alcançou seu espaço na mídia! O que você, como compositor experiente, falaria aos jovens compositores?

Samir: Olha, sei que vai parecer clichê, mas acho que todo mundo é do tamanho do seu sonho, eu acredito que se você tiver talento e for uma pessoa do bem e determinada, você consegue alcançar seus objetivos, não caia nunca nessa de se achar injustiçado, de reclamar, samba enredo tem todo o ano e passa bem rápido, mantenha sempre a humildade e o pé no chão, seus valores e princípios devem estar acima de qualquer coisa.

CPB: Para você, o que é ser PORTELA?

Samir: Ser PORTELA é ajudar no barracão, em 2005 como eu fiz, fui lá e ofereci ajuda, carreguei água, é ir até a porta da Liga pedir mudança, é fazer acontecer.  A PORTELA de hoje é a PORTELA que o Portelense sonhou, que o Portelense brigou pra ter, e peço a Deus para dar muita saúde aos nossos atuais dirigentes!  Não cheguei na PORTELA pra ganhar samba, cheguei pra ser Escola, pra somar, ajudar no que eu puder, eu acho que o espírito de todos tem que ser esse.

CPB: Dentro do Mundo do Samba, você tem algum sonho?

Samir: Não vou negar, tenho o sonho de um dia ganhar samba na PORTELA, mas meu maior sonho é ver a PORTELA CAMPEÃ DO CARNAVAL!  E acho que está próximo esse dia!

CPB: Como portelense, o que você espera para a PORTELA em 2016?

Samir: Espero que a Escola continue evoluindo, que faça um desfile Campeão e que eu possa ajudar de alguma forma.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Leo Russo



CPB: Nome e idade? 

Leo: Leonardo Bernardes Russo, Leo Russo, 25 anos.

CPB: Fale um pouco sobre você!

Leo:  Sou um cara do bem, da paz e que penso em música 24 horas do dia, seja compondo uma nova canção ou cantarolando uma música de mais de 50 anos de existência. Amo a música popular brasileira de várias épocas e ritmos. Principalmente, o nosso amado samba.

CPB: Como torcedor da Escola de Oswaldo Cruz, como você está vendo este novo momento? 

Leo:  Estou gostando, achei que a Portela merecia um lugar melhor em 2015!

CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba!

Leo:  Eu comecei a gostar de samba quando criança, ganhei um CD do Zeca Pagodinho da minha mãe aos 7 anos! Depois ganhei um cavaquinho. Depois passei a cantar e compor em casa e pesquisar a fundo a obra dos artistas que eu gostava. Cresci um pouco e rodei as rodas de samba do Rio de Janeiro inteiro dando canjinhas, fazendo participações, as pessoas me chamavam pra cantar; quando eu fui ver, já estava cantando com Monarco, Júnior ex jogador, Sombrinha, Rildo Hora, Dudu Nobre e outros ídolos e amigos meus. Me inscrevi no 'Concurso de Novos Talentos do Carioca da Gema' da Lapa e tive o prazer de ser um dos vencedores. No final de 2013, lancei meu primeiro CD de carreira, com participação da madrinha Beth Carvalho, Diogo Nogueira, Dudu Nobre, Júnior e a Velha Guarda da Portela, onde mesclei músicas antigas e músicas minhas. E sigo por aí...

CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba? 

Leo:  Chico Buarque, João Nogueira, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Edu Lobo, Aldir Blanc, Monarco, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho...

CPB: Na elaboração de um samba, como você se define? É letrista, faz a música ou os dois? 

Leo: Costumo fazer os dois juntos. Mas já fiz algumas letras pra músicas, uma valsa da Gisa Nogueira (irmã do saudoso João Nogueira) por exemplo, e outro dia musiquei uma letra do meu amigo e agora parceiro Stepan Nercessian. Gostei da letra que ele me mandou, falando de uma 'Garota da Barra'.

CPB: Desde quando você compõe?

Leo:  Desde os meus 12, 13 anos. Mas eram canções ainda bem amadoras. Acho que fui gostar mesmo de uma canção minha, lá pros 17, 18 anos.

CPB: Você hoje alcançou seu espaço na mídia! O que você como compositor/cantor falaria com os jovens compositores?

Leo:  Façam a sua verdade, sem forçar barra. Componham e cantem aquilo que lhes tocar o coração. O resto é conversa...

CPB: Para você, o que é ser PORTELA?

Leo:  É gostar de tradição, história e qualidade. É ter orgulho da agremiação nos melhores e piores momentos. Assim como eu escolhi o Botafogo, pelos mesmos motivos, rs...

CPB: Dentro do Mundo do Samba, você tem algum sonho?

Leo:  Que o samba fique cada vez mais forte. E que prevaleça sempre o estilo de samba que os nossos mestres tanto nos ensinaram. Cartola, Noel, João, Paulinho, Zeca, Monarco, e tantos outros...

CPB: Como portelense, o que você espera para a PORTELA em 2016?

Leo: O primeiro lugar!


O BLOG agradece a sua participação!

segunda-feira, 16 de março de 2015

Marquês Balbino


MARQUÊS BALBINO

Compositor Portelense

Nome: Sebastião Marques Balbino, e nome artístico:  Marquês Balbino. 

Compositor cuja biografia musical está inserida nos anais do Museu do Carnaval, da Passarela do Samba, na Marquês de Sapucaí.

A mania, o vício, o jeito de compor músicas populares, encarnaram em si quando tinha 16 anos de idade. 

A primeira música que compôs foi “Maria” em 1954 e que foi classificada entre as dez melhores do concurso de música de Compositores Anônimos, no programa da Rádio Nacional, patrocinado pela ESSO Estandard do Brasil e gravado com a grande orquestra de Radamés e como intérprete um dos melhores da época, Ruy Rei. 

Participou de outros Concursos importantes e sempre consagrado entre os primeiros. Vocês poderão ter essa confirmação, visitando o Museu do Carnaval da Passarela do Samba da Marques de Sapucaí. 

Em 1959, ingressou no G.R.E.S. PORTELA, como segundo secretário, a convite do lendário Natal, onde militou durante 17 anos. De 1959 à 1961, face a sua condição de diretor, não pôde compor. 

Em janeiro de 1962, voltou com força total. Venceu o concurso realizado no Estádio do Fluminense FC, pré-carnavalesco, da Coca-cola e Última Hora, com o samba de quadra “Micróbio do Samba”. 

A PORTELA conquistou o mais valioso troféu de todos os tempos. “O Tamborim de Ouro”. Nesse concurso, participaram todas as escolas de samba do Rio de Janeiro. Esse troféu foi guardado no cofre forte do Banco Nacional durante muitos anos, mas foi derretido por algum espertalhão como a saudosa taça Jules Rimet. 

Ainda em 1962, venceu com o samba de enredo “Viagem Pitoresca através do Brasil” (Rugendas), em parceria com Zé Ketti, Carlos Elias e Batatinha. A Portela sagrou-se campeã e o samba alcançou a nota máxima. 

Em 1964, venceu novamente com o samba “O Segundo Casamento de Dom Pedro Primeiro”, em parceria com Antonio Alves. Gravado um mês antes do carnaval, com Zezinho e Orquestra e Côro, pela fábrica de discos ODEON, até então, nenhum outro samba de enredo tinha sido gravado. Porém, aconteceu o inesperado, o compositor Marquês Balbino adoeceu e acamado não pôde ir até a Rádio para assinar o contrato com a ODEON, ficando por isso oficialmente, fora da parceria. 

Poderão constatar a veracidade do fato ocorrido no museu acima citado. Mesmo após essa injustiça, continuou compondo em sua Escola de coração, a PORTELA! 

Teve vários sambas consagrados: 

De Terreiro e Sambas de Enredo que foram para a final, como: Pasárgada, Macunaíma, Pixinguinha. Parcerias: Paulinho Brasília, Ary Guarda, China e Antonio Alves. 

Sambas de Quadra, como: Maioral do Terreiro, Volta da Porta-Bandeira (em homenagem à Vilma Nascimento). Presença Espiritual (em homenagem ao Natal). 

Venceu o concurso do Porto do Rio, com o samba que virou hino, Canção do Aposentado e atuou como jurado (Quesito Samba de Enredo) na Passarela do Samba, no Grupo Liesga B, em 1995, na mesma cabine com o compositor Luizinho Dú Kavaco (Quesito Bateria). 

Texto de: Sheila Marques e Luizinho Dú Kavaco (Filha de Marquês Balbino e esposa de Luizinho Dú Kavaco).

Mais um grande Compositor da PORTELA que é homenageado pelo seu talento e obra!  O BLOG, desde já, agradece a colaboração de Sheila Marques e o Compositor Luizinho Dú Kavaco!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Pecê Ribeiro



CPB: Nome e idade?
 
PECÊ: Meu nome civil é Paulo César Ribeiro, artisticamente conhecido como Pecê Ribeiro. Em 30 de janeiro faço 66 anos, pois nasci em 1949, mesmo ano da morte de Paulo da Portela. 
 
CPB: Fale um pouco sobre você! 
 
PECÊ: Nasci na Cidade de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio, praticamente à beira do Rio Paraíba do Sul. Desde criança a música esteve presente em minha vida, pois meu pai, Waldir Ribeiro, mais conhecido como Waldir Bom Cabelo, era um seresteiro e radialista, que produzia shows de MPB na Rádio Cultura de Campos e em praças públicas. Na adolescência, costumava cantar em qualquer oportunidade que aparecia. Por outro lado, a poesia já me arrebatava, tanto escrevia como muito lia. Nesse período, começava a traçar minhas linhas musicais. Cheguei ao Rio de Janeiro em março de 1968, em meio a toda aquela confusão de protestos contra a ditadura e embalado pelas músicas dos festivais da canção. Não muito demorou e eu comecei a carreira jornalística nos Diários Associados, para O Jornal e Jornal do Commercio, como revisor de texto. Foi trabalhando em jornais, como revisor e redator, que alimentei meus cinco filhos, os quais me deram oitos lindos netos. Nessa trajetória, a poesia e a composição musical estavam sempre presentes, sem, no entanto, querer alçar voos muito altos, quer dizer, sem buscar uma carreira artística. Até que um dia, após verificar que havia um bom número de composições, eu pensei: pra que isso? Tanta música guardada para as traças se alimentarem (na época tudo estava no papel, não havia computador). Comecei a entender que de nada servia aquilo se as pessoas não tomassem conhecimento da sua existência, afinal a arte só faz sentido quando ela chega aos sentidos das pessoas. Ao verificar que o custo da produção de um CD estava na medida das minhas posses, em 1999 fiz então o meu primeiro CD, com o título de “Inspiração”. Era um trabalho autoral, todas músicas eram minhas. Foi muito mais dado do que vendido, pois minha intenção era tornar as minhas músicas conhecidas. A par disso, eram frequentes as rodas de samba e shows por mim organizados (dentro e fora do Rio). Algumas músicas foram gravadas por bons cantores mas sem grande fama, o que pra mim foram preciosos estímulos, por isso os agradeço. Até que um dia, em 2005, por obra do destino mesclado com minha fé, o grande portelense Zeca Pagodinho resolveu gravar a minha “Pra São Jorge”, sucesso até hoje – e aqui fica também os meus agradecimentos a ele. Em 2007, saiu o meu segundo CD, com o título de “Com arte e prazer”. Com quatorze músicas da minha autoria e uma, inédita, de Zé Keti. E assim foi e assim vamos. 
 
CPB: Como portelense, como você está vendo este novo momento? 
 
PECÊ: Este momento tem sido ótimo para a Portela e para o portelense como um todo, mas quero destacar o grande valor que a escola dá ao compositor. 
 
CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba! 
 
PECÊ: Para começar, apesar de estar atento ao que há de melhor na MPB, o samba é a minha primeira referência. Faço samba nos seus mais variados feitios, desde o mais comum, passando pelo samba canção, samba sincopado, de breque, chorinho e, claro, o samba de enredo, e sempre para a Portela, no Rio de Janeiro. Para ser sincero, uma única vez fiz para a Leandro de Itaquera, de São Paulo, pela qual sai vencedor. Também fiz sambas ou marchinhas para blocos carnavalescos. Como disse anteriormente, rodas de samba e shows fazem parte dessa experiência. 
 
CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba? 
 
PECÊ: Meu primeiro ídolo é o imenso Paulo da Portela, um sambista, um cidadão, um homem inigualável e inalcançável em sua importância, não só para o samba, como também para a cultura nacional. Depois vem o meu querido amigo Zé Kétti, Esses dois eu posso chamar de meus ídolos. No entanto, me sinto orgulhoso em saber da plêiade da minha querida Portela, com Candeia, Manacéa, Alcides, Chico Santana, Monarco, Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Noca e muitos outros, que se eu falar em todos eles hoje eu não vou terminar. Por que também não lembrar da importância de compositores de outras escolas de samba? Noel Rosa, Cartola, Ismael Silva, Nélson Cavaquinho, Silas de Oliveira, Geraldo Babão, Dona Ivone Lara etc. etc. 
 
CPB: Na elaboração de um samba, como você se define? É letrista, faz a música ou os dois? 
 
PECÊ: Faço melodia, letra, ou mesmo as duas, depende de como chega a inspiração, a ideia. Muitas vezes a música baixa pra mim completinha, com letra e melodia casando sem a menor dificuldade. Algumas vezes empaca de tal maneira que só um parceiro pode terminar. 
 
CPB: Como você chegou a PORTELA? 
 
PECÊ: Cheguei à Portela pelo caminho do coração. Antes de conhecer a quadra já gostava, pelo que eu ouvia falar, por tomar conhecimento da sua história, dos seus poetas, dos seus enredos, através dos meios de comunicação. Isso já acontecia antes de vir para o Rio de Janeiro. Quando cheguei na quadra foi aquela emoção de quem encontra seu verdadeiro amor. 
 
CPB: Desde quando você compõe? 
 
PECÊ – Desde a minha adolescência, como explanei acima. No início, compunha despretensiosamente, depois, a cada prazer que eu via no rosto das pessoas que me ouviam, me dava mais vontade de compor. 
 
CPB: O que você como compositor portelense falaria com os jovens compositores da Escola? 
 
PECÊ: Eu diria que ser compositor é, antes de tudo, um ato de prazer para ser também prazeroso a quem nos ouve. E se realmente seguir esse caminho, dando vida às suas criações, entenda que é um privilégio que Deus nos concede e uma oportunidade de ser feliz fazendo as pessoas também felizes. Se não tiver esse sentimento de generosidade não seja compositor. 
 
CPB: Para você, o que é ser PORTELA? 
 
PECÊ: Ser Portela é ter o orgulho e o prazer de ser parte de uma história das mais bonitas e edificantes na cultura da cidade mais linda do mundo. Tudo o que os poetas da nossa Escola já falou eu gostaria de ter falado antes e por isso restou-me dizer apenas do amor que tenho por ela. Da minha parte eu agradeço pelo que recebo e retribuo de todo coração.
 
CPB: Dentro do Mundo do Samba, você tem algum sonho? 
 
PECÊ: Quero ver o sambista, a começar pelos compositores, mais respeitado. Aliás esse respeito começa por nós mesmos nos respeitarmos. 
 
CPB: O que você espera para a PORTELA em 2015? 
 
PECÊ: Claro que queremos vê-la vitoriosa na avenida, o que é possível de acontecer. Se é bom para a Portela também é bom para o portelense (Avante, portelense, para a vitória!). 
 
 
Desde já, o BLOG agradece a sua participação!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Eros Fidelis



CPB: Nome e idade?

Eros: Eros Fidelis, 63 anos.

CPB: Fale um pouco sobre você!

Eros: Cantor, Compositor, Violonista e Médico Pediatra

CPB: Como portelense, como você está vendo este novo momento?

Eros: Há muito não tinha a felicidade de ver minha Portela nesse momento mágico que, certamente, nos levará ao tão sonhado título do Carnaval 2015 !

CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba!

Eros: Minha primeira música gravada, em 1976, foi um samba intitulado " A Lavadeira", gravado pela cantora Sônia Santos, hoje radicada no EUA, além disso no mundo do Samba conheci grandes amigos e gravei com eles.. Roberto Ribeiro, Alcione, Agepê, Jorge Aragão, Luiz Ayrão, Alexandre Pires, Dunga, entre outros. E mais, o Samba me levou a conhecer, ainda menino, a minha grande paixão, a Portela !

CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba?

Eros: Roberto Ribeiro e Clara Nunes, ambos perfeitos e completos (voz belíssima, afinação perfeita e emoção total), três requisitos básicos para se dizer cantor ou cantora.

CPB: Na elaboração de um samba, como você se define?  É letrista, faz a música ou os dois?

Eros: Ao compor um Samba na verdade acabo fazendo as duas funções, letrista e musicista, mas nunca me neguei a formar parcerias, que no decorrer da minha careira são inúmeras.

CPB: Como você chegou a PORTELA?

Eros: Em criança, vendo meu pai torcedor portelense, vibrando pela azul e branco, me apaixonei por nossa Águia Guerreira ! No momento atual tenho recebido um apoio muito grande de toda a atual Diretoria.

CPB: Desde quando você compõe?

Eros: Profissionalmente desde 1976, porém aos seis anos de idade já esbocei meu primeiro samba.

CPB: O que você como compositor portelense falaria com os jovens compositores da Escola?

Eros: Que nunca desistam do Samba e jamais da Portela ! Pois tenho visto jovens promissores em nosso quadro.

CPB: Para você, o que é ser PORTELA? 

Eros: Para mim, pessoalmente, a melhor definição do que é ser Portela, registrei num dos Sambas que está no meu novo CD, que terminei essa semana.... "Ser Portela é se entregar por toda a Vida" (trecho de "Voar, Voar Portela"). 

CPB: Dentro do Mundo do Samba, você tem algum sonho? 

Eros: Ocupar o meu espaço, que tantas vezes tive oportunidade e não agarrei, porém hoje é a minha meta ! 

CPB: O que você espera para a PORTELA em 2015? 

Eros: Vitória! Vitória! Vitória!