sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Felipe Quirino




CPB: Nome e idade?
 
Felipe: Felipe Quirino, 33 anos.

CPB: Fale um pouco sobre você!

Felipe: Poeta, compositor, sonhador, porém com os pés no chão... Trabalhador, lutando firme em busca dos meus objetivos e ideais, visando um mundo melhor e o bem da família, dos meus filhos...

CPB: Como Compositor da Escola de Oswaldo Cruz, como você está vendo este novo momento?

Felipe: Vejo esse momento como um marco na Portela, com Marcos Falcon e a administração Portela Verdade a escola voltou a crescer e se destacar na avenida! Com certeza o campeonato está próximo, o caneco logo logo será nosso!

CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba!

Felipe: Desde a infância gostei de fazer poesias e sambas, ficava tudo na gaveta, até que em 2012 participei pela primeira vez de uma disputa de Samba no Bloco "Os Cata Latas do Grajaú", não ganhei mas serviu de experiência... Em 2013 sagrei-me campeão nos blocos "Os Cata Latas do Grajaú" e "Bloco Seu Kuka"... Em 2014 sagrei-me campeão no bloco "Tamborim Sensação" e Bicampeão no "Bloco Seu Kuka"... Ainda em 2014 ingressei na Ala de Compositores da Portela, participando das disputas de Samba Enredo até os dias atuais... Em 2015 através do "Festival Velocidade da Música" tive o Partido Alto "Nascido no Samba" selecionado e gravado num CD com músicas de outros compositores selecionados, com a produção de Paulão 7 Cordas... Em 2016 pela primeira vez ganhei um samba enredo numa escola de samba, foi na Flor da Mina do Andaraí, a agremiação sagrou-se campeã do grupo D e subiu para o grupo C, e ganhamos 5 prêmios de Melhor Samba Enredo... Atualmente estou classificado pra final do Festival Samba de Terreiro da Portela, tenho consciência que tem muitos sambas bons na disputa e torço pra que vença o melhor, com certeza nossa agremiação será a grande vitoriosa!

Na parte literária em 2012 recebi o prêmio “Kairos Poiesis” no projeto “ALEPA” com um poema publicado no livro “Singular – O País dos Invisíveis”, após tive versos publicados nas três Antologias da “Confraria da Poesia Informal”, lançadas na Bienal do RJ (2013), SP(2014) e RJ (2015) respectivamente, e uma poesia publicada na Revista “Gente de Palavra – RS”.

CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba?

Felipe: São muitos ídolos... Paulo da Portela, Cartola, Noel Rosa, Clara Nunes, Elis Regina, Chico Buarque, Tim Maia, Candeia, Paulinho da Viola, João Nogueira, Dona Ivone, Silas de Oliveira, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Monarco, Noca e muitos outros... O Samba, a Música Popular Brasileira sempre teve e continua tendo uma boa safra de bambas!

CPB: Na elaboração de um samba, como você se define? É letrista, faz a música ou os dois?

Felipe: Não sei bem como explicar, pois como já disse o mestre João Nogueira, ninguém faz samba só porque prefere, e a composição é uma luz que chega de repente, com a rapidez de uma estrela cadente... Tem vezes que vem apenas a letra, outras vem só a melodia, e muitas das vezes a música completa!

CPB: Desde quando você compõe?

Felipe: Poesia eu faço desde os 10 anos, daí em diante eu fazia muitas paródias, por pura diversão, e aos 12 fiz pela primeira vez uma letra com uma melodia criada por mim... Até os dias de hoje tenho diversas composições guardadas na gaveta, e em breve irei aos poucos mostrá-las ao mundo!

CPB: Mesmo sendo da Jovem Guarda Portelense, o que você falaria aos jovens compositores iniciantes?

Felipe: Compor é um dom, então se Deus o concedeu pra alguém, o meu conselho é que essa pessoa vá fundo, escreva, grave, registre sempre que a inspiração bater em sua mente, e jamais desista dos seus sonhos, jamais deixe que ninguém o desencoraje! Ouse voar, sonhar, se entregar a essa arte, esse dom divino!

CPB: Para você, o que é ser PORTELA?

Felipe: Ser Portela é maravilhoso, não há uma definição única, ser Portela é ser Livre, ser Portela é um Sentimento Imensurável, é um Estado de Espírito, é Felicidade, Amizade, Cumplicidade, há muito Amor nisso tudo... Ser Portela é vislumbrar-se no Carnaval e roer as unhas na Apuração, ser Portela é sentir o corpo tremer, a pele arrepiar e acelerar o coração, ao som da marcação! Ser Portela é ter os pés no chão mas alçar vôos de Águia!

CPB: Dentro do Mundo do Samba, você tem algum sonho?

Felipe: Sonho ter minhas músicas gravadas, levando minha mensagem a milhares de pessoas, sonho ganhar um Samba na Portela, sonho ver minha Portela querida voltar a atingir o pódio máximo, e soltar da garganta o grito de "-É Campeão!"

CPB: Como portelense, o que você espera para a PORTELA em 2017?

Felipe: Pra 2017 espero, desejo, rezo pra que a Portela retorne ao Apogeu! Que nossa Águia Altaneira sobrevoe a Avenida e retorne com o caneco pra comunidade de Osvaldo Cruz e Madureira.

Desde já, agradecemos! 

Grato pela entrevista, que Deus ilumine e abençoe todos nós! Isso aqui é Portela!

Felipe Quirino. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Alexandre Velloso



CPB: Nome e idade?

Alexandre: Alexandre Velloso, 48 anos.

CPB: Fale um pouco sobre você!

Alexandre: Portelense desde sempre. Meus pais são portelenses. Com eles aprendi a história, a importância, as referências culturais, o respeito e o amor pela escola. Comecei a fazer os primeiros acordes no violão, por volta dos dezesseis anos. Algum tempo depois, estudei na Escola Villa-Lobos, e em outras escolas de música também. Paralelamente, me apresentei dando "canja" na noite, em alguns bares. Meu trabalho como compositor não se restringe ao samba, escrevo canções em outros estilos.

CPB: Como Compositor da Escola de Oswaldo Cruz, como você está vendo este novo momento?

Alexandre:  O momento da Portela é de retomada de sua importância e de suas referências, tanto no contexto histórico e cultural que tem, como também no desempenho de seus desfiles.

CPB: Fale de sua experiência no mundo do samba!

Alexandre:  Comandei rodas de samba em Oswaldo Cruz, na Lapa (Bar Vaca Atolada) e em Laranjeiras (Severyna). Ganhei sambas em concursos de blocos, assim como o 1°concurso de samba de carnaval da Rádio BandNews FM, em 2013. Fui finalista do Concurso de Samba de Quadra do SESI/ REDE GLOBO/ RADICE PRODUÇÕES em suas duas últimas edições (7ª /2015 e 8ª /2016) e tive a honra, de ter um samba-enredo de minha autoria, levado à Avenida pelo G.R.C.E.S.M. Filhos da Águia, em 2007.

CPB: Qual(is) o(s) seu(s) ídolo(s), no Samba?

Alexandre:  São vários! Mas poderia citar João Nogueira, Paulinho da Viola, Miltinho e Roberto Ribeiro.

CPB: Na elaboração de um samba, como você se define? É letrista, faz a música ou os dois?

Alexandre:  Faço música e letra. De toda a minha obra, tenho apenas algumas composições com parceiros. Quase que na totalidade dela, assino sozinho.

CPB: Desde quando você compõe?

Alexandre: Sempre muito ligado à música, já aos treze anos ensaiei as primeiras composições.

CPB: O que você, como compositor mais experiente, falaria aos jovens compositores?

Alexandre:  Que estudem música, se possível, porque esse conhecimento auxilia muito no processo de composição, ainda que não seja necessário. Que ouçam muita música. Que leiam muito, por que esse hábito, além de informar e de embasar culturalmente, ajuda no desenvolvimento da construção das letras nas canções. E trabalhem muito, escrevam muito. Quanto mais se compõe, mais se aprimora e se obtém qualidade, no trabalho de compositor.

CPB: Para você, o que é ser PORTELA?

Alexandre:  Ser Portela é um estado de espírito. E a consciência de que você participa de uma instituição, que tem relevância histórica na construção da cultura popular. Isso também aumenta a responsabilidade. Você se cobra, porque tem que estar à altura da grandeza da agremiação. E é um prazer, uma honra, fazer parte desse universo! Como eu sempre digo: É maravilhoso pisar nesse solo, banhado por aquele rio azul e branco que "passou em nossas vidas"!

CPB: Dentro do Mundo do Samba, você tem algum sonho?

Alexandre:  Sonhar é uma imposição da existência humana. Uma condição inerente à ela. Eu creio que o sonho de todo sambista é ver sua obra reconhecida publicamente.

CPB: Você participará do Concurso de Samba Enredo 2017? Já tem parceria certa?

Alexandre:  Pretendo participar, sim. Mas ainda não tratei de parcerias para esse ano. No momento, estou voltado para o Concurso de Samba de Terreiro. Após o término do concurso, naturalmente esse processo vai rolar.

CPB: Como portelense, o que você espera para a PORTELA?

Alexandre:  Aquilo que todo portelense espera: Título! Eu tive a oportunidade de ver a Portela ser campeã, mas existem muitos portelenses que nunca vivenciaram isso! Uma conquista lavaria a alma dos mais vividos e acalentaria o coração dos mais jovens. 

Muito obrigado pela oportunidade.
Forte abraço.
Alexandre Velloso

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