segunda-feira, 24 de abril de 2017

Silvinho da PORTELA (Portelenses de Outrora)

 

Silvinho da PORTELA

Sílvio Pereira da Silva
* 1935 Rio de Janeiro, RJ
+ 8/2/2001 Rio de Janeiro, RJ

Biografia
 
Cantor. Compositor.
 
Também assinou em alguns discos somente Silvinho, sendo conhecido ainda como Silvinho do Pandeiro. Com apenas 16 anos desfilava pela Portela. Durante 17 anos foi o puxador oficial da Portela, da qual foi integrante da Ala de Compositores.
 
Fez parte do Bloco Carnavalesco Boêmios de Irajá, no qual atuava como ritimista e compositor. Também integrou a Ala de Compositores da Unidos da Viradouro, em Niterói.
 
Faleceu às vésperas do carnaval de 2001, em decorrência de um câncer na próstata. Foi sepultado no Cemitério de Inhaúma, subúrbio do Rio de Janeiro.
 
Dados Artísticos
 
Ao lado dos ritmistas Elizeu e Jorginho Pessanha, fez parte da Delegação Brasileira que se apresentou no "1º Festival de Arte Negra", em Dakar, no Senegal, em 1966. Na ocasião, integrou o grupo de músicos que acompanhava Clementina de Jesus, Elton Medeiros, Ataulfo Alves, Heitor dos Prazeres e Paulinho da Viola, entre outros.
 
Em 1973, ao lado de Martinho da Vila, Darcy da Mangueira, Noel Rosa de Oliveira e Walter Rosa, participou do disco "A voz do samba", no qual interpretou de sua autoria "Amor de raiz" (c/ Jorge Barbosa) e "Escrevi" (c/ Jorge José), além de "Caso de amor", de autoria de Luiz Carlos e Miro.
 
Em 1975 "Macunaíma, herói da nossa gente" (Norival Reis e Davi Antônio Correia), com sua interpretação deu à escola o 5º lugar do Grupo 1.
 
No ano de 1978, gravou seu único disco solo, "Silvinho e suas cabrochas".
 
Em 1982, Neguinho da Beija-Flor, no disco "É melhor sorrir", pela gravadora Top Tape, interpretou de sua autoria "Um grande amor se acaba" (c/ Xavier e Onofre do Catete).
 
Como puxador da Portela, conquistou três estandartes de ouro, um deles em 1983, com o samba-enredo "A ressurreição da coroa, reisado, reino e reinado" e que conseguiu o 3º lugar do Grupo 1 para a Escola.
 
No ano de 1999, participou de um show coletivo na casa noturna Rio Sampa, em Nova Iguaçu. 
 
No ano de 2001, pouco antes de falecer, participou da escolha do samba-enredo para o carnaval daquele ano, concorrendo com um samba de sua autoria. 
 
Entre os sambas-enredos que interpretou, marcando época não só na Portela, mas na MPB como um todo, destacam-se "Lapa em três tempos" (Ary do Cavaco e Rubens Alves de Sousa), com o qual a escola se classificou em 2º lugar do Grupo 1, em 1971. No ano seguinte, a Portela classificou-se em 3º lugar do Grupo 1com o samba-enredo "Ilu Ayê" (Terra da vida) (Norival Reis e Cabana).
 
Obra

Amor de raiz (c/ Jorge Barbosa)
Escrevi (c/ Jorge José)
Um grande amor se acaba (c/ Xavier e Onofre do Catete)
 
Discografia
 
(1978) Silvinho e suas cabrochas • LP
(1973) A voz do samba • Selo Musicolor • LP
 
Shows

Show de samba (c/ vários). Rio Sampa, RJ.
 
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira - Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
ARAÚJO, Hiram. Carnaval - seis milênios de história. Rio de Janeiro. Editora Gryphus, 2000.
CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso - Uma vida. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, S/D. 

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